Técio Nunes: veja como foi a Sabatina O POVO ponto a ponto

Passe livre universal, caixa preta do Sindionibus, tecnologia em zonas periféricas e união da esquerda contra "ameaça" bolsonarista. Confira os principais momentos da Sabatina O POVO

Candidato à Prefeitura de Fortaleza, Técio Nunes (Psol), esteve, nesta quarta-feira, 4, na sede do O POVO, para sequência das sabatinas com os candidatos ao Executivo da Capital e do Crajubar, transmitidas pelas rádios O POVO CBN e O POVO CBN Cariri, respectivamente. Ele foi o quarto candidato a ser entrevistado. A definição da ordem dos entrevistados ocorreu em sorteio.

Confira os principais momentos da entrevista:

"Caixa preta" do Sindiônibus

"Se a gente está querendo mudar a nossa cidade e mobilidade, ônibus, não é qualquer coisa, e se a gente entende o passe livre ou a tarifa zero como direito fundamental de ir e vir e garante para a cidade movimentação da economia, óbvio que a gente não pode criar ou solidificar a ideia de uma caixa preta do Sindionibus onde ninguém tem direito a saber quanto de fato o sistema custa para a nossa cidade. Nós queremos implementar o passe livre universal, irrestrito, mas nossa primeira medida, nos 100 primeiros dias, é garantir passe livre aos finais de semana para nossa juventude. No primeiro ano garantir passe livre aos trabalhadores desempregados. Mas nós também, nos 100 primeiros dias, queremos abrir a caixa preta."

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Quem fala em Guarda Municipal como polícia "está mentindo para você"

"Nós estamos dividindo o debate sob segurança pública em três perspectivas, a primeira delas: investir em inteligência. Não é criar um setor de videomonitoramento para multar as nossas pessoas e aumentar o caixa da prefeitura. É criar um setor de inteligência na Guarda Municipal que ajude a Prefeitura a monitorar as áreas mais críticas da nossa cidade. E esse setor de inteligência atuar em parceria com o setor de inteligência da Polícia Civil, com a Polícia Militar e com órgãos federais para pensar uma política efetiva de como atuar nesses territórios. Lembrem: Guarda Municipal não tem poder de polícia, principalmente de policiamento ostensivo. Quem está prometendo para vocês que Guarda Municipal vai começar a fazer operação tática nas periferias, prender gente, num sei o que, está mentindo para você."

Periferia como potência, não como problema

"Não existe futuro, uma cidade segura para todo mundo, se nós temos uma juventude sem oportunidade. Então, nós precisamos ocupar esse território com política pública efetiva, criando o corredor cultural, abrindo as nossas escolas nos finais de semana para poder ampliar o avanço de ensino de tecnologial. Nós temos uma juventude que precisa se apropriar da tecnologia. Infelizmente, quem tem o direito de se apropriar dela, inclusive viver dela, é a galera da classe média, são os filhos da classe média. A periferia tem potência. A gente tem que olhar para a periferia como potência, não mais como problema social. É potência! Esse é o segundo ponto: investir numa política efetiva de ocupação de território. O maior PIB do Nordeste, que é Fortaleza, tem o dever moral de disputar esses territórios. E eu estou falando é de disputa mesmo. Disputar o território e disputar o futuro das crianças e da juventude."

Segundo turno: qualquer um contra bolsonarismo

"Particularmente, acho precipitado fazer debate sobre segundo turno agora.O que eu poderia dizer é que a esquerda e não só a esquerda, o setor mais amplo, democrático, que se preocupa como o Brasil, nossa cidade também, como uma referência. Fortaleza é uma cidade culturalmente rebelde. Me parece óbvio que não sou eu que vou apoiar alguém no segundo turno ou que eventualmente me apoiaria no segundo turno. Mas tem um movimento natural das forças democráticas se juntarem no segundo turno se houver uma ameaça bolsonarista, uma ameaça antidemocrática, que incentivou, inclusive, aquele 8 de janeiro. Então, esse cenário colocaria para a gente uma obrigação, mas não a minha candidatura, o campo da esquerda, o campo democrático. Acho que, no segundo turno, a depender de quem esteja no lado de lá, a esquerda vai ter que se juntar porque segundo turno não é só mais o debate, é necessário unir forças para derrotar um projeto que não tem a ver com Fortaleza.

"Qualquer pessoa contra o André Fernandes, acho que seria um papel da esquerda de Fortaleza se juntar com um outro projeto. Acho que isso não é só pragmático. Segundo turno a gente também faz acordo sobre programa de governo."

Relação com a Câmara Municipal caso eleito

"Se nós formos eleitos, vamos ser eleitos a partir de um movimento social grande em Fortaleza que acreditou em um programa de governo que foi eleito. A gente vai tratar a Câmara da forma como tem que ser tratada, porque do jeito que o prefeito foi eleito, a Câmara também foi eleita, então eles têm a legitimidade do voto. Mas nós não vamos nos render a uma lógica em que o prefeito tem que entregar a Prefeitura, distribuir 200, 300, às vezes 1 mil cargos para um vereador para poder ter o apoio dele na Câmara de Vereadores. Nós vamos chamar a responsabilidade de todo mundo, vamos sentar com a Câmara e pensar propostas para a cidade. Todo debate vai ter que ser feito de forma muito transparente, sem conchavo, sem toma lá dá cá."

 

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