Pesquisa Ipec Juazeiro do Norte: Glêdson 49%; Fernando Santana 37%

Pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira, 5, e mostra o atual prefeito na frente

19:30 | Set. 05, 2024

Por: Thays Maria Salles
CANDIDATOS a prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra e Fernando Santana (foto: Reproduções/Instagram Glêdson Bezerra e Fernando Santana)

Candidato à reeleição, o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), tem 49% das intenções de voto em pesquisa Ipec, contratada pela TV Verdes Mares Cariri, divulgada nesta quinta-feira, 5. Fernando Santana (PT), desafiante que concorre à sucessão do gestor, tem 37%. Enquanto Sued Carvalho (UP), detém 3%, e Lino Alves (PCO) tem 2% das intenções.

Pesquisa estimulada

  • Glêdson Bezerra: 49%
  • Fernando Santana: 37%
  • Sued Carvalho: 3%
  • Lino Alves: 2%
  • Brancos ou nulos: 7%
  • Não sabe/Não respondeu:3%

O levantamento foi realizado entre os dia 2 e 4 de setembro em Juazeiro, distante 527,57 quilômetros de Fortaleza, e contou com 800 entrevistados, que responderam a seguinte pergunta: "Se a eleição para prefeito de Juazeiro do Norte fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem o(a) sr(a) votaria?".

Com índice de confiança de 95%, a pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), sob o número CE-07068/2024, tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. 

No cenário espontâneo, onde não são mencionados os candidatos, Glêdson continua na liderança, com 40% das intenções de voto. 

Pesquisa espontânea

  • Glêdson Bezerra: 40%
  • Fernando Santana: 22%
  • Sued Carvalho: 1%
  • Lino Alves: não pontuou
  • Brancos e nulos: 12%
  • Não sabem/Não respondeu: 25%

Como está o cenário em Juazeiro do Norte?

Deputado estadual apoiado pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), Fernando enfrenta um conglomerado de partidos de oposição ao grupo que dá sustentação ao governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), eleito em 2022 ainda no primeiro turno.

Em seu arco de alianças, Glêdson conta com PDT, PSDB, Cidadania, PP, União Brasil e PL. Na convenção que o lançou como candidato, o prefeito de Juazeiro conseguiu reunir, no mesmo palanque, o ex-presidenciavél Ciro Gomes (PDT) e o deputado estadual Carmelo Neto (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Embora hoje concorram ao Executivo, Glêdson e Fernando se mantiveram próximos até o início deste ano, quando o prefeito ainda tentava postular a reeleição com a chancela do Palácio da Abolição. Como a aliança não foi possível, o chefe do Executivo municipal costurou um bloco arregimentando todas as legendas fora da composição encabeçada pelo representante do PT.

Fernando, por sua vez, consolidou-se como o desafiante com mais capital para tentar impedir a reeleição de Glêdson, que chegou ao poder em 2020 ainda na esteira da força do bolsonarismo no Ceará.

Naquele ano, a oposição à direita elegeu, além de Glêdson, o prefeito de Caucaia, Vitor Valim, então no Pros, mesmo partido de Capitão Wagner à época. Passados quatro anos, Valim se deslocou para o governismo, embarcando no PSB, e Wagner migrou para o União Brasil, pelo qual concorre em Fortaleza em 2024.

Outros nomes de opositores ao governo eleitos em cidades importantes, tais como São Gonçalo do Amarante, também acabaram por aderir à base de Elmano e Camilo.

Sem segundo turno

Município tradicionalmente avesso a reconduzir gestores, Juazeiro esteve perto de alcançar número de eleitores suficiente para assegurar possibilidade de segundo turno, mas não atingiu o patamar requerido.

O primeiro turno na maior cidade da região do Cariri, no entanto, já assume desde já ares de uma disputa mano a mano, com dois polos muito bem definidos: de um lado, as forças do governismo estadual, lideradas por Camilo e Cid Gomes (PSB). Do outro, a oposição, que tem superado divergências ideológicas para se aglutinar em torno dos pleiteantes com mais chances nos principais municípios.

É o caso, por exemplo, de Ciro e Carmelo, este um bolsonarista-raiz e deputado estadual mais votado em 2022. Em Juazeiro, ambos foram recepcionados na convenção de Glêdson como os grandes fiadores de sua candidatura, que tenta agora derrotar a influência do “camilismo” na região que é berço do ex-governador e hoje chefe do MEC.