Pesquisa Datafolha São Paulo tem empate triplo de Boulos, Nunes e Marçal

Nova pesquisa publicada pelo Datafolha traz mudanças no cenário da disputa eleitoral na capital paulistana

16:18 | Set. 05, 2024

Por: Marcelo Bloc
Pesquisa Datafolha entre candidatos para prefeito de São Paulo (SP): Guilherme Boulos, Ricardo Nunes, Pablo Marçal, Datena e Tábata Amaral (foto: Montagem/O POVO)

Pesquisa Datafolha para prefeito de São Paulo tem triplo empate entre Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 5. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa estimulada:

  • Guilherme Boulos (Psol): 23% (=)
  • Ricardo Nunes (MDB): 22% (+3)
  • Pablo Marçal: 22% (+1)
  • Tabata Amaral (PSB): 9% (+1)
  • Datena (PSDB): 7% (-3)
  • Marina Helena (Novo): 3% (-1)
  • João Pimenta (PCO): 1% (-1)
  • Bebeto Haddad (DC): 1% (=)
  • Ricardo Senese (UP): 1% (+1)
  • João Pimenta (PCO): 0 (-1)
  • Altino Prazeres (PSTU): 0 (=)
  • Em branco/nulo/nenhum: 8% (=)
  • Não sabe: 4% (=)

O Datafolha ouviu 1.204 eleitores entre 3 e 4 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-03608/2024.

Como está o cenário eleitoral em São Paulo?

A candidatura de Guilherme Boulos (Psol) tem sido depositária de apoio contundente do PT, tanto pela presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital paulista para agendas com o candidato como pelos repasses vultosos realizados pela direção nacional do PT à campanha socialista. O apoio da legenda de Lula ao Psol é consequência direta da saída de Boulos da disputa ao Governo de São Paulo, em 2022, de modo a beneficiar Fernando Haddad (PT), então candidato e atual ministro da Fazenda. Na vice de Boulos, em 2024, está a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). 

O prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição, detém o apoio oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que indicou para vice o ex-coronel da Polícia Militar, Ricardo Mello de Araújo (PL). O eleitor bolsonarista, contudo, não aderiu automaticamente à candidatura do emedebista em razão do fator Pablo Marçal (PRTB).

O ex-coach tem despontado como "surpresa" da disputa, marcando presença no pelotão de cima, segundo as pesquisas de intenção de voto. Marçal é sintonizado com as pautas da extrema-direita e tem adotado retórica antissistêmica ao se distanciar do rótulo de "político" que utiliza com carga pejorativa para se dirigir ao conjunto dos adversários, como pertencentes a um conluio que ele não integrasse. A estratégia tem produzido momentos de tensão em debates e entrevistas.

Do partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, Tábata Amaral (PSB) se contrapõe a Marçal dando publicidade ao passado jurídico nebuloso do adversário. Ao demonstrar firmeza no contraponto ao candidato que está na liderança — em empate técnico com Boulos e Nunes - ela espera subir nas pesquisas, apropriando-se, inclusive, do eleitor que hoje tem intenção de votar em Boulos.