Caucaia: Emília e Naumi reagem após prisão de suspeitos de ameaçarem campanhas

Os candidatos à Prefeitura de Caucaia foram alvos de ataques durante a campanha eleitoral

22:18 | Set. 05, 2024

Por: Isabelle Maciel
O ex-prefeito Naumi Amorim e a deputada estadual Emília Pessoa são candidatos à Prefeitura de Caucaia (foto: Divulgação/Assessoria PSD-CE e Fco Fontelene/O POVO)

Emília Pessoa (PSDB) e Naumi Amorim (PSD), candidatos à Prefeitura de Caucaia, reagiram às prisões de 25 suspeitos de ameaçar campanhas eleitorais para prefeito e vereadores em diversos municípios do Estado. As detenções aconteceram depois de Emília e Naumi serem alvos do grupo criminoso.

A candidata do PSDB relatou que já foi vítima do grupo em duas situações: disparos de arma de fogo em frente à sua casa, em agosto, e a retirada do medidor de energia da sua agência de marketing, na última quarta-feira, 4.

“Isso não é só uma violência contra a Emília, mas sim contra toda a Caucaia. Eu sou filha dessa cidade. Eu sou Caucaia”, afirmou em nota. A candidata contou que as forças de segurança do estado, assim como o governador Elmano de Freitas (PT), estariam cientes da situação.

Já Naumi Amorim lamentou os episódios de violência, mas afirmou estar “esperançoso e feliz diante das ações de autoridades competentes, encontrando soluções para punir atos violentos que aconteceram e evitar possíveis inseguranças no futuro”.

O candidato também reforçou o pedido pela atuação da Força Nacional em Caucaia durante o período da eleição municipal de 2024.

A campanha de Naumi foi alvo de tiros durante uma caminhada na quarta. Em nota, a assessoria do candidato confirmou o caso e afirmou que os disparos foram ouvidos pelos apoiadores de Naumi, “que no momento se desesperaram e correram”. Ninguém foi atingido.

Entenda a Operação

A operação Completiv da Polícia Civil do Ceará prendeu 25 suspeitos de ameaçar e extorquir campanhas eleitorias no Ceará. Ao todo, foram efetuados 34 mandados de prisão preventiva no Ceará, Bahia, Pará, Tocantins e Rondônia, mas 9 pessoas já estavam em reclusão.

Segundo o delegado Rômulo de Oliveira Neto, titular da Delegacia Metropolitana de Caucaia, as ameaças nesse período ocorrerem pelo Whatsapp, mensagens de texto e de forma presencial. “Neste último formato, eles vão até os comitês, mandam alguém para ameaçar, extorquir, pedir", completou.

A ofensiva ocorreu na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza, com o cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão. Outros nove alvos já estavam presos e tiveram seus mandados cumpridos em unidades do sistema prisional.

A Polícia Civil informou que os presos têm idades entre 18 e 53 anos e já eram investigados por integrar organização criminosa e envolvimento nas ameaças.