Em eventual 2º turno, Wagner fala em buscar direita e esquerda contra isolamento de 2020

Candidato do União Brasil diz estar aberto para conversar com "todo e qualquer que tenha abertura para sentar e dialogar para uma mudança real"

Candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner afirmou ao O POVO na última segunda-feira, 2, que irá buscar o apoio de todos que ficarem pelo caminho, caso avance a um segundo turno. Diferentemente de 2020, quando todos, ou ficaram neutros, ou favoráveis a José Sarto (PDT), neste ano, o postulante do União Brasil projeta a possibilidade de obter apoios de diferentes correntes políticas.

"Talvez seja o grande diferencial dessa candidatura, enquanto que as outras eu fui para o segundo turno, mas fiquei isolado, essa a gente tem grande chance de ter apoios no segundo turno. Como eu tenho dito desde o começo, todo e qualquer adversário que queira somar conosco para fazer a mudança real, a mudança com responsabilidade e queira sentar numa mesa para propor melhorias para o plano de governo e para a gestão da cidade, a gente vai conversar, vai dialogar", afirmou Wagner ao O POVO antes de entrar no estúdio da Rádio O POVO CBN para a Sabatina O POVO.

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Em 2020, Anízio Melo (PCdoB), Célio Studart (então no PV), Renato Roseno (Psol) e Samuel Braga (Patriota) cerraram fileiras ao lado de Sarto. Embora Luizianne tenha se mantido neutra, em silêncio, o PT oficializou apoio ao candidato do PDT. A candidata da Unidade Popular, a UP, Paula Colares, resumiu sua posição somente como "contra Wagner". Assim como Luizianne, Heitor Férrer (então no Solidariedade) e Heitor Freire (então no PSL) ficaram neutros.

Se a presença de Wagner no segundo turno de 2024 se confirmar, ele espera ser depositário do apoio das candidaturas conservadoras, como de Eduardo Girão (Novo) e de André Fernandes (PL). A outra parte da missão é buscar o apoio no centro-esquerda com José Sarto ou Evandro Leitão, do PT.

A expectativa é de que a ruptura entre as legendas de centro-esquerda no Ceará, em 2022, possa repercutir a seu favor dois anos depois, de modo que possa receber o apoio que PDT e PT teriam dificuldade de direcionar um ao outro. 

"Todo e qualquer que tenha abertura para sentar e dialogar para uma mudança real a gente tem abertura para conversar, respeitando as características, mas a gente vai estar lá muito aberto para o diálogo, como sempre fui, inclusive como deputado federal, aprovando projetos importantes em Brasília".

O candidato do União Brasil afirmou que, já na segunda-feira posterior à votação em primeiro turno, pretende estar "sentando com os adversários" para chamá-los não somente para a campanha de segundo turno, mas para integrar a gestão. "É importante ter esse espaço", ele disse.

O capitão reservista da Polícia Militar do Ceará (PMCE) tem feito movimentos ao centro para conquistar mais adesões ao próprio nome, para além do estrato conservador de Fortaleza que lhe apoia. Em peça de campanha levada às redes, inclusive, ele aparece com tênis de futsal e bola no pé para dizer que muitos o perguntam se jogará pela "esquerda" ou pela "direita", ao que responde querer levar a Cidade para frente.

À direita de Wagner no espectro ideológico, o concorrente André Fernandes afirma que ele não é, de fato, o representante da mudança em Fortaleza. O argumento do bolsonarista é de que o União Brasil integra a base do governo Lula em Brasília e que o PT "finge" rompimento com o PDT para que tudo se mantenha como está.

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