Sabatinas O POVO: Wagner lamenta ataques de André e diz que Bolsonaro não aparece
"Ele dizia que eu era o melhor candidato a prefeito em 2020, dizia que eu era o melhor candidato a governador em 2022 e, logico, por querer ter o espaço dele, ele optou, em vez de vir para a proposta, ele veio para a crítica, veio para o ataque"
11:04 | Set. 02, 2024
Candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil) disse lamentar os ataques do adversário na disputa, o deputado federal André Fernandes (PL), de quem lembrou ter recebido apoio em 2020 e em 2022. Wagner abriu a série de sabatinas do O POVO com os candidatos ao Executivo da Capital, realizada na rádio O POVO CBN. A definição da ordem dos entrevistados ocorreu em sorteio.
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"Ele dizia que eu era o melhor candidato a prefeito em 2020, dizia que eu era o melhor candidato a governador em 2022 e, logico, por querer ter o espaço dele, ele optou, em vez de vir para a proposta, ele veio para a crítica, veio para o ataque", afirmou o candidato do União Brasil sobre o concorrente do PL. Ele foi entrevistado pelos jornalistas Jocélio Leal e Carlos Mazza.
Wagner disse respeitar a estratégia do bolsonarista em relação à candidatura dele. Contudo, apontou que André esconde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da campanha ao modo como acusava ele, Wagner, de fazer em disputas passadas, como em 2020 e em 2022.
"Se de fato era uma questão de esconder Bolsonaro, está muito claro que na propaganda de TV não está aparecendo Bolsonaro, está muito claro que o material de campanha, que era verde e amarelo, passou a ser azul, e eu até agradeço porque azul é a cor tradicional da nossa campanha", ironizou.
Sempre que indagado sobre adversários na disputa, ele respondeu que os reais adversários são os problemas de Fortaleza. No caso de Fernandes, disse: "Meu adversário é a taxa do lixo, meu grande adversário são as filas de atendimento na saúde."
Wagner promete diálogo com governos
Wagner prometeu dialogar com o governo de Elmano de Freitas e de Luiz Inácio Lula da Silva, nos planos estadual e nacional, respectivamente. "Quem acha que vai ser prefeito de Fortaleza e não vai dialogar com o governo do Estado, dialogar com o governo Federal, não vai fazer uma boa gestão", disse Wagner.
"O governador Tarcísio (de Freitas), de São Paulo, quando o Lula foi lá, ele recebeu o Lula e disse: 'Olha, presidente, eu estou aqui lhe pedindo ajuda para uma obra estruturante para o Estado, que eu não tenho condição de fazer sozinho'. Olha só, o Tarcísio teve a humildade, sendo o governador do Estado mais rico do País, de receber o presidente e pedir a ajuda do presidente. Ai eu, prefeito de uma cidade pobre como a cidade de Fortaleza, vou achar que não preciso do governo do Estado e do governo federal?", questionou o candidato, para quem, os que prometem isso, ou estão equivocados ou mentindo para os eleitores.
Wagner admitiu que este entendimento é consequência direta do amadurecimento de quem viveu experiência no Poder Executivo, precisamente na Secretaria de Saúde de Maracanaú. "Hoje eu tenho essa maturidade, talvez nas anteriores eu pensasse diferente. Até porque eu fui secretário de Saúde e, olha que bacana, eu tive que sentar com a secretária de Saúde do Estado, que é de um governo que é meu adversário, mas eu tive o entendimento de que na discussão da saúde de Maracanaú eu precisava da ajuda da secretária de Saúde do Estado", afirmou.