Camilo diz ter votado em Sarto em 2020, mas admite decepção: 'Prefeito ausente'
Ministro participou de ato de campanha de Evandro Leitão (PT) na Praia do Futuro, em Fortaleza, neste domingo, 1°, e reforçou alinhamento com governos estadual e federal
18:12 | Set. 01, 2024
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), participou de agendas eleitorais em Fortaleza neste domingo, 1°, ao lado do candidato do PT a prefeito, Evandro Leitão. Em adesivaço na Praia do Futuro, Santana avaliou o cenário eleitoral da Capital, elencando uma “disputa de projetos” e fez críticas ao prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), em quem admitiu ter votado em 2020 - quando PT e PDT tinham aliança estadual -, mas sinalizou decepção com o andamento da gestão.
Em entrevista ao O POVO, durante o adesivaço, Camilo afirmou que Evandro ainda está se apresentando ao eleitor e listou os projetos colocados na disputa eleitoral e a estratégia petista para 2024. “Evandro é um candidato ainda desconhecido pela população fortalezense. O que está em jogo, nesta eleição, são três projetos e é isso que tentaremos passar para a população”, introduziu.
E seguiu: “O projeto do atual prefeito (Sarto), inclusive eu votei nele, mas que para mim decepcionou o povo de Fortaleza. Foi um prefeito ausente. Há uma série de problemas hoje na cidade de Fortaleza, como a questão do lixo, da saúde, da segurança. Há dois projetos que representam o Bolsonaro, são os projetos da fake news, do ódio, da intolerância, que negou a vacina na pandemia e estamos apresentando o projeto do Lula, do Elmano, do Minha Casa Minha Vida, que está de volta; do Mais Médicos; do Pé-de-Meia, que o Evandro vai implementar no 9° ano do ensino fundamental. Um projeto que cuida das pessoas”, disse.
O ministro ressaltou ainda a necessidade de Fortaleza ter um gestor que priorize o cuidado com as pessoas e voltou a destacar o alinhamento que Evandro tem com as gestões do Ceará (Elmano) e Federal (Lula). “Juntos podemos mais, somando esforços com os governos federal e estadual. Evandro será um prefeito presente que cuidará das pessoas. Obras são importantes, sim, mas o mais importante num gestor é a sensibilidade em relação aos problemas da população. E ele será um prefeito presente para isso”, projetou.
Camilo, que anunciou que tiraria férias do Ministério da Educação (MEC) para dar peso à campanha de Evandro na Capital, informou que ainda não está oficialmente ausente da pasta. A expectativa é que o ministro tire férias neste mês de setembro, em algum momento depois do feriado da Independência, no próximo dia 7, e mergulhe de cabeça na campanha.
Nos atos deste domingo, o governador Elmano de Freitas (PT) não esteve presente, segundo informaram fontes próximas a Evandro, entretanto Elmano participou de agenda no sábado, no Mercado São Sebastião.
Indagado pelo O POVO sobre a participação do senador Cid Gomes (PSB) na campanha de Leitão, Camilo sinalizou positivamente e disse que Cid deverá aderir a atos, já que o PSB é parte da base aliada. Apesar disso, o senador foi visto apenas uma vez, adesivando um carro no comitê do candidato petista.
“Cid é importante e o PSB é nosso aliado. O senador Cid participará da campanha em Fortaleza. Ele, inclusive, já andou adesivando o veículo. Mas o ponto é que ele é fundamental, porque faz parte desse projeto que traz resultados importantes e que o Evandro representa neste ano, em Fortaleza”, concluiu Camilo.
André Fernandes e petistas na Praia do Futuro
Durante adesivaço do PT na Praia do Futuro, no domingo, 1°, um fato curioso chamou a atenção. O candidato André Fernandes (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou pelo cruzamento em que os militantes petistas realizavam o evento e aguardavam o candidato Evandro Leitão (PT).
Parado no semáforo, próximo à praça 31 de Março, André acenou para os militantes ao redor. O candidato do PL estava em cima de uma caminhonete branca, com um paredão de som próximo e era seguido por apoiadores.
Na caminhonete estavam ainda dois apoiadores fantasiados com máscaras (cabeças) de Bolsonaro e do próprio Fernandes. O momento de divisão de espaço com os petistas durou poucos minutos e André seguiu viagem sem complicações.