Passagem de Evandro pela presidência do Ceará e murro em árbitro viram assunto do debate
Durante discussão sobre time cearense e CPI do Narcotráfico, André Fernandes (PL) chamou Evandro Leitão de "covarde" e foi rebatido com "desequilibrado"
00:55 | Ago. 28, 2024
A passagem de Evandro Leitão (PT) pela presidência do Ceará Sporting Club foi tema de discussão no debate do O POVO, realizado nesta terça-feira, 27. André Fernandes (PL) listou momentos de crise do time alvinegro nos anos últimos anos e acusou Leitão de abandonar o time, questionando se ele faria o mesmo com a cidade de Fortaleza.
"Evandro, em 2011, quando o Ceará Sporting Club mais precisava, você pediu licença e se afastou do clube, após o rebaixamento. Em 2019, em outra crise institucional, você pediu licença do Conselho Deliberativo. Esse ano, mesmo dizendo que era a favor do voto do sócio-torcedor, você sequer compareceu a sessão de votação. Como prefeito, você também seria covarde e abandonaria Fortaleza na primeira crise?", questionou na abertura do terceiro bloco do programa.
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Em resposta, Leitão defendeu o trabalho como diretor e presidente do Ceará, afirmando que sanou todas as dívida do clube, e reforçando que não tem apenas experiência no futebol, mas também no Poder Executivo, como secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social (2011-2013), na época do governo Cid Gomes.
"Eu tenho muito orgulho da minha passagem na presidência do clube de futebol do tamanho do Ceará Sporting Club. Aliás, quando na minha passagem, nos anos em que estive, a frente do Ceará, como diretor e presidente, de 2008 a 2015, eu saneei todas as dívidas do clube. (..) Mas eu não tenho experiência só no futebol não, eu tenho experiência no Executivo, fui três anos secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social. Por duas vezes, fui eleito e reeleito como presidente da Assembleia, e aliás, com o voto do seu pai (Alcides Fernandes, deputado estadual do PL), que muito me honra", comentou.
Na réplica, André disse que Evandro não tinha entendido a pergunta e repetiu o questionamento do primeiro momento, e adicionou que Leitão usou o Ceará como "trampolim para entrar na política", além apontar o petista como o responsável por não ter sido criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico.
A CPI foi proposta em 2015 pela então deputada estadual Rachel Marques (PT), mas não foi instalada. Na época, o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Alburqueque, não concordou com a iniciativa e disse que o tema seria de ordem federal.
Evandro ressaltou que a criação da CPI teria o único objetivo de "desestabilizar a segurança pública" do Estado. "(Era para criar) um palanque eleitoral, o que já foi feito em outrora, com criações de rebeliões e motins que foram feitos aqui neste Estado", justificou o candidato que não assinou o pedido de abertura da comissão.
Evandro chegou a chamar Fernandes de "desequilibrado, pessoa despreparada". André voltou a falar do time do Ceará e afirmou que o "desequilibrado" era Evandro, que tinha dado um murro em um árbitro da final da Campeonato Cearense de 2015.
"Em primeiro lugar muito me assusta ouvir o candidato Evandro me chamando de desequilibrado, não foi eu, que em 2015, na final do Campeonato Cearense, agrediu com um soco pelas costas o árbitro daquela partida, inclusive, isso consta na súmula do jogo. Desequilibrado, eu? Jamais! Me assustei com essa ofensa contra mim", afirmou.