Véitin, Vereadora do Século, Chiquerim: veja os nomes mais curiosos de candidatos em Fortaleza
Candidatos a vereador de Fortaleza apostam em nomes diferentes para chamar atenção de eleitoresA eleição para vereador de Fortaleza em 2024 possui 757 candidatos correndo ao cargo para ocuparem 43 cadeiras na Câmara Municipal de Fortaleza. Com tantos adversários, uma das estratégias dos postulantes é apostar em nomes curiosos durante a campanha eleitoral. Entre os apelidos usados estão "Véitin", "Iracema Vereadora do Século" e até "Chiquerim".
Confira a seguir os candidatos com os nomes mais curiosos de Fortaleza:
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Segundo o Cleyton Monte, pesquisador de Ciência Política e colunista do O POVO, esse tipo de candidatura acontece mais entre cargos proporcionais, desta feita para vereador. "Normalmente ocorre para pegar carona em alguma tendência, algum meme ou personagem, ou mesmo para destacar algum nome que o candidato seja apelidado. Como a campanha é um movimento muito rápido, e o tempo de TV também é muito curto, essas figuras tentam se destacar pelo nome que utilizam", explica.
Cleyton afirma que o uso dessas nomenclaturas, que por vezes aproximam-se do cômico e até do ridículo, é uma estratégia arriscada de buscar eleitores.
Um bom nome atrai eleitores?
Ainda segundo o professor Monte, existe, sim, um percentual de eleitores que fazem votos de protesto, mas esse percentual vem sendo reduzido no Brasil todo.
"Havia um voto de protesto, geralmente daquela pessoa que iria votar branco ou nulo e acreditava que seria melhor encaminhado o protesto votando em alguém 'antipolítico'. Esse movimento vem sendo reduzido nas últimas eleições, essas pessoas passaram realmente a se distanciar da política e votarem branco ou nulo", acrescenta.
Maus exemplos
O especialista acredita que candidatos folclóricos eleitos anteriormente, mas que tiveram mandatos desastrados, podem ter contribuído para a desistência de muitos eleitores em partir para esse tipo de voto em protesto.
Um caso que é comumente lembrado é o do ex-vereador A Onde É, que foi eleito em 2012, mas não durou muito tempo na Câmara Municipal de Fortaleza. Ele foi preso em flagrante em setembro de 2014, quando tentava receber o salário de um assessor em uma agência bancária da capital. Ele foi afastado das funções parlamentares e, para fugir da cassação, renunciou ao cargo em 7 de maio de 2015.