Valim lembra ajuda a Emília, diz que Deuzinho 'se escondeu' e é respondido: 'Frouxo'

Valim não vai tentar a reeleição e apoia Waldemir Catanho (PT) para sua sucessão, que tem como adversários os nomes citados em sua fala

06:30 | Ago. 22, 2024

Por: Júlia Duarte
Vitor Valim não vai tentar a reeleição e indicou o petista Waldemir Catanho para disputar sua sucessão (foto: Samuel Setubal)

O prefeito de Caucaia, Vitor Valim (PSB), abriu uma live nesta quarta--feira, 21, para se defender e, ao mesmo tempo, criticar seus adversários políticos no município. O vice-prefeito, Deuzinho Filho (União Brasil), citado como tendo “se escondido” da disputa e “garganta de aluguel” e os candidatos na disputa por Caucaia, Emília Pessoa (PSDB), o ex-prefeito do município, Naumi Amorim (PSD), e Coronel Aginaldo (PL) foram alvos de alfinetadas e acusações.

Valim não vai tentar a reeleição e apoia Waldemir Catanho (PT) para sua sucessão. O prefeito voltou a alegar que sua ausência do pleito acontece em decorrência da morte de sua filha, Sofia Valim, falecida em dezembro do ano passado.

“Eu não estar concorrendo a prefeito, infelizmente (é porque) eu perdi minha filha há seis meses. É uma decisão familiar, eu não concorro a reeleição e estou saindo da vida pública. Dei minha contribuição e sou muito feliz por ter sido vereador, deputado estadual e federal e agora estou como prefeito”, ressaltou.

Ele, então, começa a tecer críticas a seus adversários afirmando que “o poder para esse povo que está querendo voltar ou entrar vale tudo pelo poder”. Valim alega ter sido vítima de difamação “de alguém que nunca contribuiu para a cidade, de gente que a todo momento tenta sabotar”.

O prefeito cita a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a suspensão do Programa Bora Habitar, promovido pela Prefeitura, por suposto fim eleitoreiro. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) da 37ª Zona Eleitoral de Caucaia. O prefeito afirmou que entrou com recurso e quer que, mesmo sem reverter, a medida volte após a eleição.

“Eu vi ontem o vice, Deuzinho Filho, garganta de aluguel da candidata Emília, usar as redes sociais, como vem usando constantemente. Quem não lembra a palhaçada que ele fez dizendo que era ameaçado de morte”, disse. E alfinetou: “Não foi nem homem para ser candidato a prefeito ou a vice, se escondeu, colocou a mãe, que aqui não estou falando nada contra a pessoa dela, mas o filho que não teve coragem, colocou a mãe para continuar no poder junto de Emília Pessoa”.

Valim rebate pronunciamento do vice que comentou a decisão da Justiça. “Eu vi esse vice-prefeito ontem usar as redes sociais para falar mentiras, fake news, dizer que a Justiça barrou um crime eleitoral, 'fraude eleitoral', como se a gente tivesse fazendo politicagem com mentira”.

O prefeito citou ainda o histórico de Emília, que foi secretária da gestão dele e agora é candidata em uma chapa que tem a mãe de Deuzinho como vice. “Diferente da sua candidata (Emília) que era minha secretária, que eu ajudei, dei a mão, ajudei a família, ajudei ela na candidatura de deputada estadual e depois que pegou a caneta se voltou”, apontou. Para Valim, o rompimento, em si, foi “besteira”, mas o incômodo seria por “ela tentar a todo momento que as coisas cheguem na mão do povo”.

Alguns minutos depois da live, Deuzinho foi às redes sociais, e rebateu as críticas. “Frouxo mesmo é quem deixa de ser candidato a prefeito porque é rejeitado por quase 70% da população de Caucaia”, escreveu. O vice-prefeito afirmou que Valim se faz de “ator para enganar as pessoas”.

Naumi e Aginaldo

O prefeito alfinetou também seu antecessor no cargo de prefeito, Naumi Amorim, que tenta voltar à Prefeitura este ano. "Que obras ele tem para mostrar?", questionou. Ele lembrou o caso do dia da eleição, em 2020, quando o irmão do então prefeito e secretários municipais de Caucaia foram flagrados e abordados pela Polícia Civil com dinheiro. "Aonde estava você, Naumi Amorim?", questionou diversas vezes Valim citando pontos da gestão atual e passada. 

Valim disse que "não é intrigado" com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citando ter sido deputado com ele, relacionando ao candidato do partido, Coronel Aginaldo. "Os dois anos de governo Bolsonaro infelizmente não veio nada para o município de Caucaia, a política não é ciência exata, mas a matemática é. Os dois anos do governo Bolsoanaro, veio nada", criticou, enquanto cita investimentos vindos, segundo ele, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).