Barbalha: Perdeu o debate? Confira pontos do confronto entre candidatos

Os candidatos passearam por diversos pontos sobre o município como saúde, educação e emprego

O POVO realizou nesta terça-feira, 20, debate no município de Barbalha, na Região do Cariri e a 548 quilômetros de Fortaleza. Dois candidatos participaram do confronto: Antonio Neto Sampaio (PSDB) e Guilherme Saraiva (PT), atual prefeito que tenta reeleição.

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Saraiva é filiado ao PT e é apoiado pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Já do lado oposicionista está Antônio Neto, englobando as forças adversárias do PT, como o União Brasil, partido presidido por Capitão Wagner, candidato a prefeito de Fortaleza, e o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O debate foi realizado no auditório do Edifício Pátio Cariri, mesmo prédio onde está o estúdio da rádio, e teve o jornalista Luciano Cesário como mediador.

Tom do debate: Ao longo do confronto, os candidatos por diversos pontos sobre o Município, como saúde, educação e emprego. Apesar de debaterem questões da cidade, a dupla voltava para seus apoios em nível local e nacional. Guilherme celebrou ser apoiado pelo governo estadual e Federal e, por conta disso, segundo ele, conseguiu recursos para iniciar obras no município.

Ele também criticou seu adversário por integrar o grupo de oposição que conta com os ex-prefeitos Rommel Feijó e Argemiro Sampaio, este último, que foi derrotado por Guilherme na eleição passada. O tucano, por sua vez, criticava que o petista recebe os recursos, inicia obras, mas não finaliza, citando as intervenções no mercado municipal.

Gestão de resíduos sólidos

A primeira pergunta foi formulada pela produção e tratou da gestão de resíduos sólidos pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Cariri (Comares), empresa que venceu a licitação. Barbalha se tornou a primeira cidade do Cariri cearense a desativar o lixão a céu aberto.

O prefeito defendeu que o Município precisava de adequar diante de demanda de lei federal e, com a decisão de passar a responsabilidade para o consórcio, é possível respeitar o meio ambiente e a população. “Eles têm o poder de deliberar sobre as ações que fazem sobre os resíduos sólidos. E Barbalha está inclusa nesse projeto de resíduos sólidos”, disse Saraiva.

O tucano defendeu que é preciso a destinação correta dos materiais, mas discordou da forma como acontece atualmente. “Discordamos das medidas que tem nesses artigos do Consócio Municipal, no qual cobra da população barbalhense um imposto que é chamado de Taxa do Lixo”, afirmou. Segundo ele, caso eleito, ele irá discutir para que a população deixe de pagar o imposto já que, em sua visão, a Prefeitura consegue arcar com os custos.

Pergunta livre: via asfaltada, apoio e recursos do governo

Foi então a vez de o tucano de fazer a primeira pergunta livre. Ele perguntou sobre vias asfaltadas na gestão do prefeito que teria sido feitas em uma região particular. O prefeito lamentou que o debate seria “de acusação” e não para discutir propostas. Ele iniciou para falar sobre ações de desenvolvimento de emprego e renda e alfinetou a gestão anterior.

“Nossa preocupação é com as pessoas, nosso governo é voltado em cuidar das pessoas. Hoje Barbalha é muito vista pela quantidade de obras no Município, pelos investimentos que são frutos da parceria do Governo do Estado e do Governo Federal, que só o Município de Barbalha tem e quem ganha é a cidade”, ressaltou.

Sampaio insistiu na pergunta anterior e acusou o prefeito de ter alocado verbas municipais na execução de oito quilômetros de vias de mão dupla em um loteamento para participar.

O petista respondeu: “Acho que o candidato morou muito tempo fora de Barbalha e não tem conhecido dos fatos. Esse não é recurso do Município, é do Governo do Estado e, segundo, que lá não é propriedade de uma pessoa, lá são bairros que são beneficiados”, justificou e mencionou que a cidade virou um “canteiro de obras” por causa do alinhamento com os governos petistas.

Segunda pergunta livre: Suas, precatório e servidores

Foi a vez de o prefeito perguntar e ele questionou sobre a posição do adversário sobre o Suas, sigla para Sistema Único de Assistência Social. O tucano rebateu não ter saído de Barbalha, como acusado no bloco passado, e disse: “Você se calou, falou outras coisas, deslizou e não respondeu”.

O tucano disse não ver avanços com a gestão de Sampaio. “Barbalha está sendo maltratada, os servidores públicos municipais estão cada vez mais diminuídos e achados seus recebimentos salariais”. Ele afirmou que o bloco está na disputa para fazer a mudança e vai contar com professores e servidores públicos.

O prefeito acusou o grupo do tucano, em menção aos ex-prefeitos e a Bolsonaro, de não ter pago os precatórios dos professores. Sampaio questionou o pagamento e os dois divergiram sobre o tema.

Terceira pergunta livre: Ficha Limpa

O prefeito voltou a perguntar e, dessa vez, mencionou a gestão passada, para então perguntar se o tucano concordava com a lei da Ficha Limpa. Sampaio disse que concordava e que “lei não se discute” e, por isso, aconteceu uma adequação e o bloco está “satisfeito” de disputar a Prefeitura.

“Temos nosso nome limpo e estamos nos propondo para mudar Barbalha e fazer com que Barbalha tenha dignidade para seu povo. Hoje nós andamos pelo Município e vemos o descaso”, disse. E aconselhou o prefeito: "a não se trancar no gabinete”, “não se esconder” e “não fazer obras eleitoreiras para ludibriar a população”.

O prefeito acusou o grupo do adversário de “só aparecer em ano eleitoral” e perguntou se o tucano concordava com nomes “ficha suja” influenciando na gestão. Ele alfinetou que os aliados, em nível local e nacional, têm questões com a Justiça. Sampaio alegou que as lideranças são perseguidas. “Vocês sabem que as nossas lideranças de Barbalha são perseguidas porque vocês têm medo de disputar as eleições com eles”, disse, defendendo Rommel e Argimiro.

Quarta pergunta livre: Saúde e catarata

A pergunta foi sobre a alocação de recursos da saúde nos hospitais do Município. Em meio a divergências e acusações, o prefeito disse que o adversário é engenheiro e não conhece de saúde e criticou o plano de governo que promete zerar as filas.”Mostra o despreparo”, disse.

Sampaio respondeu que “a população está querendo ver atendimento nos postos” e que obras iniciadas na gestão do petista não foram concluídas. O prefeito ironizou: “Vou conseguir uma cirurgia de catarata pro candidato porque ele precisa andar mais por Baralha e ver os benefícios que estão chegando", afirmou, ao defender que, em um município pequeno, o alinhamento político traz recursos.

Desenvolvimento econômico: Êxodo e transparência 

Os dois trocam acusações sobre o aumento e a diminuição de postos de trabalho. Ambos mencionaram os apoios recebidos pelo adversário depositando acusaões sobre a situação do Município.  O tucano disse pesssoas saem do município na procura de emprego, enquanto o prefeito alega o aumento de empregos.

O petista voltou a alegar que o adversários é "cercado de pessoas que não respeiram a lei municipal até federal. "Todos os nossos grupos que respeitam a lei e que são candidatos ficha limpa", afirmou o prefeito. Ainda sobre a questão da catarata, o tucano ironizou e disse que "não ia esperar, porque a população diz que demora mais de seis meses para ser atendida, não posso esperar". Ele questionou que o prefeito usa verbas do Estado para obras.

Ele ganhou um direito de resposta usado para de defender acusações de desvio de dinheiro." O nosso governo é transparente, que cuida das pessoas", ressaltou. O prefeito acusou o adversário de "ter vergonha de ser o candidato do Bolsonaro". 

Último bloco

O último bloco foi voltado para educação, mas não se limitou ao tema. Sampoio citou até que o prefeito "não teria escutado a própria mãe que é professora" ao criticar a atenção da gestão com os professores. Eles voltaram ao tema de saúde, apesar do tema ser relacionado a educação.

O prefeito citou novamente os ex-prefeitos: "O grupo dele dizia que não precisava do governo para trazre recursos, quem perdeu foram as pessoas. E só nós podemos fazer porque emos ligação com o Governo do Estado e Federal".

Sampaio finalizou o debate alegando que o prefeito era um "bolsonarista camuflado" e que o Município precisa de gestor "humano que escuta os anseios do povo". O petista alegou que seu governo "se importa com as pessoas" e ressaltou as parcerias. 

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