Quem é Capitão Wagner? Conheça o candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza
Candidato tem 15 anos de vida política e foi eleito vereador em meio a motim. De nome apoiado por Bolsonaro, Wagner passou a opositor do PLCapitão Wagner, ex-secretário de Saúde de Maracanaú, é filiado ao União Brasil e candidato à Prefeitura de Fortaleza nas eleições municipais de 2024. Ele tem como vice em sua chapa Edilene Pessoa (União Brasil), nutricionista e conselheira tutelar, ligada à igreja Assembleia de Deus.
Figura constante nas eleições do Ceará desde 2010 (em pleitos municipais e estaduais), Wagner tem 15 anos de vida política e concorre, pela terceira vez, à Prefeitura da capital cearense.
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Quem é Capitão Wagner? Candidato concorreu em todas as eleições desde 2010
Wagner Sousa Gomes nasceu em São Paulo capital, em 1979. É casado com a deputada federal, eleita em 2022, Dayany Bittencourt, também filiada ao União Brasil. O candidato é bacharel em Segurança Pública pela Polícia Militar e entrou na política em 2009, filiado ao Partido da República (PR).
Em 2011, ficou conhecido por ser um dos líderes um motim da Polícia Militar contra o governo de Cid Gomes. O levante começou às vésperas do Réveillon de 2012 e escalonou no ano que começava.
Wagner tinha 32 anos e estava na suplência da Assembleia Legislativa desde 2010. Era ainda presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec) e utilizava das redes sociais para “denunciar” problemas na segurança pública da Capital.
Em 2012, ano do motim, concorreu à Câmara de Fortaleza e elegeu-se o parlamentar mais votado da história de Fortaleza, com 43.655 votos. Ao longos dos anos, ele consolidou-se como um dos maiores nomes da oposição nas eleições estaduais e municipais.
Em 2014, repetiu o recorde histórico de votação, desta vez como deputado estadual. Foi o mais votado da história da Assembleia Legislativa, com 194.239 votos. No mesmo pleito, apoiou o candidato opositor ao governismo, Eunício Oliveira (MDB), que acabou perdendo a disputa para o sucessor de Cid Gomes, Camilo Santana (PT).
Wagner concorreu pela primeira vez à Prefeitura em 2016, perdendo no segundo turno para Roberto Cláudio, que conseguiu reeleição.
Em 2018, filiou-se ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e concorreu a deputado federal. Foi o mais votado do Estado, com 300 mil votos, em um pleito com novas configurações devido à ascensão de Jair Bolsonaro (hoje PL), eleito presidente.
Quem é Capitão Wagner? De nome apoiado por Bolsonaro a opositor do PL
Wagner apoiou a candidatura de Bolsonaro ao Governo Federal em 2018. Em 2020, teve apoio do bolsonarismo nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza. O candidato do Pros acabou derrotado no segundo turno pelo postulante à sucessão de RC, o atual prefeito José Sarto (PDT).
No pleito de 2022, concorreu para o Governo do Estado, sendo derrotado por Elmano de Freitas (PT), mas ficando em primeiro lugar na capital cearense. Na coligação estava o PL, legenda que passou a integrar a ala bolsonarista no Ceará, com a filiação de Bolsonaro à sigla.
Ele esteve ao lado do presidente Jair Bolsonaro na campanha para o Governo. Encontro ocorreu em julho, durante a Marcha com Jesus, na Praia de Iracema, mas Wagner já buscava se desvencilhar da figura do então presidente.
Com a derrota, Wagner seguiu na vida pública como secretário da Saúde de Maracanaú, na gestão de Roberto Pessoa (União Brasil). É ainda presidente estadual do União Brasil e integra a executiva nacional do partido.
Neste ano, o PL encabeça uma chapa e Wagner, com o União Brasil, outra. Tanto o candidato do partido, André Fernandes (PL) quanto aliados cobram uma “lealdade” de Wagner, em retribuição aos apoios passados.
No debate da última quinta-feira, 8, o deputado federal citou indiretamente o ex-aliado, dizendo: "Tem um candidato aqui que eu apoiei por três vezes. Ele deveria, nesse momento, estar me apoiando. Retribuir. Mas, além de não fazer isso, ainda hoje, me tem como adversário.”
Segundo apurado pelo O POVO, o União Brasil e o PL discutiram a possibilidade de uma aliança ainda no primeiro turno, mas não selaram acordo. As cúpulas nacionais dos partidos chegaram a se reunir para retirada da candidatura do deputado federal André Fernandes e o PL, então, apoiaria Capitão Wagner (União), indicando a vice na chapa. Acordo teria caído após conversa de Bolsonaro com Fernandes.
Neste ano, Wagner aposta em um discurso moderado, com elogios a políticos dos mais diversos espectros políticos. Ele chegou a dizer ainda que esta é a eleição da vida dele.