Wagner diz que Evandro 'atropelou' candidaturas de Célio e Luizianne: 'Falta combinar com o povo'

Candidato "alfinetou" a base do Governo do Estado. Falou respeitar candidaturas de Girão e Fernandes, disse que Sarto tem "legitimidade", mas reivindicou ter candidatura "mais madura" e a única "que representa de fato a mudança"

16:02 | Ago. 03, 2024

Por: Júlia Duarte
Capitão Wagner (União Brasil) realiza convenção partidária e anuncia como Edilene Pessoa como vice na Capital, em chapa pura (foto: Matheus Souza/O POVO)

Agora oficializado como candidato do União Brasil, Capitão Wagner disse respeitar as candidaturas de Eduardo Girão (Novo), a quem chamou de amigo, e de André Fernandes (PL), nomes que dividem o campo da direita com ele. Ele disse ver legitimidade na tentativa de reeleição de José Sarto (PDT) e na campanha do PT que lançou Evandro Leitão. No entanto, exaltou sua própria campanha: “A mais madura”.

“A gente sabe que vai ter um embate normal entre os candidatos, principalmente, entre quem está na gestão, e que representa a continuidade, e quem representa a mudança. Quando a gente vê por exemplo, o prefeito Sarto falar em mudança, eu acho que ele está depondo em nosso favor, a única candidatura que representa de fato a mudança aqui em Fortaleza é a nossa”, disse.

E seguiu: “É a candidatura mais madura. É a candidatura que tem uma coordenação que é renomada com Danilo Forte (deputado federal, filiado ao União Brasil), que tem um plano de governo conduzido por (ex-deputado) Carlos Matos , (ex-deputado) Heitor Férrer, (ex-governador) Doutor Lúcio”.

Wagner disse respeitar as intenções de outros nomes que o apoiou no passado. Para ele, Girão “tem todo direito” de concorrer à prefeitura e Fernandes está “no maior partido do país”. Em sua visão, Sarto tem “legitimidade” para concorrer à reeleição. Ele apontou também respeitar a indicação do PT, que oficializou também neste sábado, 3, Evandro como candidato.

“A gente respeita até porque são amigos como o senador Eduardo Girão, que tem todo direito de concorrer à Prefeitura. Foi o senador que a gente apoiou lá em 2018 e a gente surpreendeu vencendo aquela eleição, o Eduardo pra mim é um amigo especial”, afirmou. Em resposta a uma publicação de Girão sobre a convenção partidária do Novo, que confirmou o senador como candidato, Wagner respondeu: “Que Deus abençoe sempre sua caminhada irmão!”

Wagner aproveitou o momento para comentar a falta de apoio de padrinhos políticos no Estado. "Fortaleza se cansou de votar em candidatos indicados pelos poderosos. Quando a gente vê, por exemplo, o Governo do Estado se unir com uma série de partidos e atropelar uma candidatura legítima com uma da Luizianne Lins (PT), quando a gente vê o Governo do Estado se juntar com uma série de partidos e atropelar uma candidatura legítima como a do Célio Studart (PSD), eu acho que eles estão esquecendo de combinar com o povo”, afirmou.

A deputada federal Luizianne Lins tentou se viabilizar como candidata do PT, mas foi derrotada em encontro municipal que escolheu Evandro. Já o deputado Célio Studart defendia que o partido lançasse candidatura própria. Não aconteceu, já que o partido escolheu apoiar Evandro e, assim, indicou a vice, ocupada por Gabriella Aguiar (PSD), filha do presidente estadual do partido, o ex-vice-governador, Domingos Filho. 

"O sentimento que a gente tem é que a gente tem plenas condições de chegar ao segundo turno. E quando chegar ao segundo turno, formar um grande arco de aliança para mudar de fato a cidade de Fortaleza. Todo mundo tá falando em mudança, eu vejo o candidato do PT falar de mudança, o prefeito falar de mudança e repito a mudança de verdade ela é representada pelo União Brasil e pela nossa candidatura", disse Capitão Wagner.

Buscar e cobrar Elmano

Wagner destacou que, se eleito, vai buscar diálogo com o Governo Federal e Estadual. "Independente de tempo de TV, o que mais importa é a mensagem. E a nossa mensagem é essa de mudar e mudar com responsabilidade ,de mudar com austeridade com a capacidade de dialogar com o Governo Federal e ccom o Governo do Estado", ressaltou. 

"No dia 1º de Janeiro, eu estarei no Palácio da Abolição pedindo ao governador ajuda, cobrando que ele faça parte dele, até porque ele é governador de todo o Estado do Ceará e não governador só dos municípios que os prefeitos são aliados", destacou ainda.