Lula pede a jovens que não desistam da política: 'Não pode ser um mito ou ser neutro'

Presidente chamou de "mentiroso" quem se candidata dizendo não ser político

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rechaçou pessoas que se candidatam, mas fogem do teor político dos cargos do Executivo e do Legislativo. A declaração foi dada durante evento para anúncio da ampliação do programa Pé-de-Meia nesta sexta-feira, 2, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

"Toda vez que vocês verem na televisão um político dizendo: 'Eu não sou político, eu preciso ser prefeito, deputado, governador, porque eu não sou político, eu não sei o que das quantas'. Esse cara é mentiroso. Por que sabe o que acontece? O ser humano, seja homem ou mulher, a gente nasce fazendo política", discursou o presidente para estudantes cearenses do ensino médio beneficiados pelo programa.

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Em outro momento do discurso, Lula avaliou que "quem tem 17, 18, 20 anos, não tem razão para estar desmotivado". E orientou: "Se alguém disser pra vocês: 'não gostem de política, porque todo político é ladrão' — e vocês têm hora de ver isso na televisão. Eu queria fazer um apelo pra vocês, quando vocês estiverem desanimados, quando vocês não quiserem acreditar no Lula, no Camilo, no Elmano, no Guimarães e nos deputados, ainda que vocês não acreditem mais em ninguém, pelo amor de Deus, não desista da política, porque o político honesto, decente, competente está dentro de cada um de vocês”, orientou o presidente, pedindo para que o público “exercite a inteligência”.

Lula e Camilo alfinetam Bolsonaro

Durante a segunda agenda de Lula nesta sexta-feira, no Ceará, ocasião que marca a quarta visita dele ao Estado, o petista voltou a alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), figura política que é considerada um "mito" por apoiadores. O petista também rechaçou aqueles que se colocam na "neutralidade".

"O que a gente não pode é ser um mito, é ser neutro, porque se a gente for mito ou for neutro, quem vai governar esse País são aqueles de sempre, que falam e que nunca fazem nada", considerou Lula. Em seguida, o presidente se direcionou ao governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), instigando-o a promover uma premiação a quem apresentasse "uma obra que o governo passado fez" no Estado.

"Poderia prometer que, se alguém trouxer aqui uma obra que o governo passado fez, um tijolo aqui do Ceará, você daria um prêmio para a pessoa. Pode prometer. Pode fazer um sorteio. Mas dizer uma obra, uma obra de educação, uma de saúde, uma de rodoviária, uma de ferroviária. Nada. Porque tem gente que acha que governar é mentir. Tem gente que acha que governar é ofender", desabafou Lula, enquanto Elmano balançou a cabeça em afirmativa e disse que “está prometido”.

Antes do presidente discursar, o ministro Camilo Santana (Educação) também criticou a gestão de Bolsonaro. "Porque vocês sabem, eu fui governador desse Estado e eu precisei entrar na Justiça para receber os recursos que o Ceará, que o Ministério da Educação, devia ao Estado do Ceará". Segundo ele, na época, "não havia diálogo com os municípios e os estados brasileiros".

E seguiu: "Pois bem, a missão que o presidente nos deu foi reconstruir o Ministério da Educação, respeitando os estudantes, respeitando os professores. Aqui eu queria pedir uma forte salva de palmas a todos os professores do Ceará e do Brasil, que tem em nós o reconhecimento do trabalho que eles fazem para ajudar o nosso jovem de todo o Brasil".

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