Convenção de Sarto tem críticas a Evandro, Wagner e André: 'Conhece mais anatomia que bairros'

Oficialização da candidatura teve emoção do prefeito e também críticas aos adversários e ao PT

A convenção que confirmou a candidatura à reeleição de José Sarto (PDT) como prefeito de Fortaleza teve emoção quando ele falou da família, mas também muitas críticas aos adversários mais bem posicionados nas pesquisas.

Emoção do prefeito

O prefeito se emocionou ao falar sobre a família e a mudança de Acopiara para Fortaleza em busca de uma vida melhor para ele os irmãos, e mencionar que os pais talvez nunca imaginassem que os pais não imaginariam que o filho seria médico e "prefeito da cidade que eles escolheram".

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Críticas a Evandro e ao PT

Após elencar realizações, Sarto cobrou "a responsabilidade do governo do PT" e bateu na violência.

Fez menção ainda a episódio de 2018, sobre Evandro Leitão, na época no PDT, na Assembleia Legislativa."É inaceitável que o candidato deles sabotou a CPI do Narcotráfico, alegando ter medo. E hoje se nega a entregar o vídeo da sessão que testemunhou a sua covardia". Evandro era líder do governo Camilo Santana (PT). Sarto era vice-líder.

"O gabinete do prefeito não é lugar de covarde", afirmou. "O gabinete de prefeito exige posição. O gabinete do prefeito não tolera omissão, subserviência", prosseguiu. "E como esse governo do PT não é capaz de cuidar do Ceará, ele jamais será capaz de cuidar de Fortaleza".

"Capitão dos motins"

O prefeito criticou ainda as candidaturas da direita. "Projetos oportunistas que assombram nossa cidade", disse.

"O capitão dos motins, pelo visto, não se cansa de perder eleição e está aí para perder mais uma", falou sobre Capitão Wagner (União Brasil). "Ele somou ao seu currículo de desordem uma passagem desastrosa pela Secretaria de Saúde de Maracanaú".

Vídeos de André Fernandes

Falou também de André Fernandes (PL). "Ao seu lado (de Wagner) disputa também mais um filhote de Bolsonaro. Dessa vez, é um extremista que demonstra em seus vídeos que conhece mais a anatomia humana do que os bairros de Fortaleza". É uma referência a vídeo de Fernandes, anterior ao ingresso na política, no qual dava dica de depilação íntima.

Sarto disse, sobre o trio, que Fortaleza dirá não à "desordem, ao extremismo e à incompetência e covardia".

Críticas à "trairagem"

Primeiro a discursar, Roberto Cláudio fez crítica aos antigos aliados da base governista estadual. "Tem uma turma aí que a gente conhece muito bem, Ciro Gomes, Flávio Torres, eu, Sarto (conhecemos). É uma turma que vive e se alimenta de ambição para ser servir, e não para servir ao outro. É uma turma que tá arrogante, que tá soberba, e tem marcado sua trajetória pela trairagem", disse, em referência ao núcleo organizado em torno do PT.

"E olha, não é a trairagem com os políticos e a política, porque essa o povo não tá muito preocupado não. É uma trairagem com o povo, de prometer, de fazer o marketing bonito, de criar frases de efeito e depois se lixar para a violência, para o descaso na saúde e para o dia a dia da agenda do povo. Essa turma só tá atrás de mais poder", prosseguiu RC.

O ex-prefeito bateu também nas outras candidaturas, do bloco da direita. "E tem outros aí, e tem outras candidaturas também, marcadas pela demagogia, pela superficialidade, por um tipo de lacração descomprometida com a vida do povo".

Voltou então as críticas ao Governo do Estado e ressaltou pela segunda vez a necessidade de "proteger Fortaleza". "Olha o Ceará. Tantos anos de cuidado, de zelo, de suor. Poucos anos de despreparo, insensibilidade e arrogância tão tratando de destruir aquilo que levou tanto tempo para ser construído", disse Roberto Cláudio, que completou: "É preciso que cada um de nós vire o Sarto, seja o Sarto".

Ciro e o PT

Ciro Gomes voltou a bater no partido que comanda o Governo do Estado e o Governo Federal. "A quadrilha em que se transformou o PT do Ceará. Roubam em todas as oportunidades que tem pra roubar. Mentem explorando a boa vontade do povo".

Na última crítica em que citou explicitamente o alvo, ele prosseguiu: "Hoje, por obra do senhor Camilo Santana, todos os presídios do Ceará foram divididos para as facções criminosas".

Sem citar o nome de Evandro Leitão, ele mencionou o "candidato da organização criminosa petista". Sobre os outros adversários, disse serem "extraordinariamente perigosos".

Porém, reconheceu: "Aqui entre nós existe muita gente que quer bem ao Lula". Ele mencionou o Bolsa Família e disse entender. "Mas o Lula não mora aqui. O Lula não tem nenhum compromisso com o dia amanhã, quando acabar as eleições."

Ciro prosseguiu sobre o presidente da República: "Uma coisa é votar no Lula quando ele precisa, mesmo com todas as contradições. Outra coisa é aceitar a imposição irresponsável com que Lula quer fazer a destruição da experiencia política do Ceará. Porque o PT tem ódio ao que nós conseguimos fazer aqui, porque aqui a gente faz o que eles falam lá fora e nunca conseguiram fazer".

O ex-governador e ex-ministro lembrou o papel de Lula para a eleição do governador Elmano de Freitas (PT) — que lembrou ter sido quarto colocado na eleição a prefeito de Caucaia em 2020. "Daqui a pouco, vocês vão ver, vai chegar o Lula como fez com o Elmano. Ninguém conhecia o Elmano. (...) O Lula vem aqui sem saber nem quem é o Elmano e promete um Ceará cada vez mais forte. Sabe o que é que está acontecendo, queridos? O Ceará está sendo destrupido", afirmou.

Ciro repetiu as críticas sobre propinas em obras públicas. "Para enriquecer essa família que está mandando como ditadores no Estado do Ceará", acusou, dizendo que não o processam por saberem que ele sabe o que está falando.

O que são e para que servem as convenções?

As convenções partidárias são etapa obrigatória para as agremiações que disputarão eleições. São encontros promovidos pelas legendas nos quais são escolhidos e deliberados candidatos e a formação de coligações. Neste ano, as convenções formalizam as candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador.

No caso de candidatos a vereador, as convenções também definem o número com o qual cada candidato irá concorrer.

A convenção pode ser presencial, virtual ou híbrida. 

Quando ocorrem as convenções?

Os encontros devem ser realizados entre o período de 20 de julho até 5 de agosto.

Após a convenção, os partidos têm até 15 de agosto para solicitar o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral.

Atualizada às 23h28min

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