Presidente do PDT-CE minimiza união entre Ciro e PL: "Pragmatismo é quase obrigatório'

No Crato, Ciro apoiou candidato do União Brasil ao passo em que o PDT local tem acordo prévio para apoiar nome indicado pelo PT

O presidente do PDT Ceará, o ex-senador Flávio Torres, descartou qualquer aproximação ideológica do PDT com partidos como o PL e disse que os partidos não estão coligados. A discussão surgiu no debate eleitoral após o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e outros quadros do partido dividirem palanque com lideranças do PL Ceará, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas cidades de Juazeiro do Norte e do Crato durante convenções realizadas no último sábado, 20.

Torres destacou um pragmatismo que todos os partidos praticam durante o período eleitoral, sobretudo quando se trata de eleições municipais. “Esse pragmatismo que os partidos todos acabam fazendo é uma coisa quase que obrigatória. Porque não se tem muitos espaços, então é difícil manter uma linha ideológica quando se chega no nível do município. Existem relações e contextos que, às vezes, induzem a essas ligações que às vezes são vistas como esdrúxulas e esquisitas”, pontua.

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O dirigente pedetista tratou como "natural" o movimento. Ao ser questionado sobre o caso do Crato, onde Ciro apoiou candidato do União Brasil (oposição) e o PDT local costurou acordo prévio para apoiar nome indicado pelo PT (situação), Torres fez uma separação entre as situações.

“Veja que o André (Figueiredo) não participou (da convenção de oposição no Crato). Aí você demarca uma opção distinta. Não é uma coligação do partido, é um apoio de liderança. Essas coisas tem que ser vistas com naturalidade. Não é um comprometimento ideológico. O PDT não está se coligando com o PL. As lideranças têm afinidades passadas, daí essas coisas acontecem. Eu, por exemplo, também não fui”.

O ex-senador reforçou que em municípios menores do Interior isso ocorre ainda mais comumente. “Acontece frequentemente, você vai ver casos de PT com PL, vai ver de tudo. Isso porque, no município, o espaço é muito mais restrito. Há rivalidades, de famílias, de memórias de eleições passadas, de diversas coisas. São fatores que têm mais peso que a carga ideológica. São coisas pontuais”, finaliza.

As movimentações da ala cirista do PDT renderam movimentações nos bastidores. O líder do blocão do PT na Assembleia Legislativa (Alece), deputado De Assis Diniz (PT), fez duras críticas a Ciro e disse que o ex-governador Leonel Brizola, maior nome da história do trabalhismo e falecido em 2004, deve estar "chutando o caixão" ao ver a postura de pedetistas de peso se ligando em alguma medida ao PL.

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