Gleisi nega busca do PT por hegemonia e diz que matemática influi na escolha de vice em Fortaleza

Ela também avaliou como "legítima a reinvidição do Nordeste de ter uma presençaa mais forte dentro do PT, inclusive na sua direção e condução"

Às vésperas do início das convenções partidárias e com o prazo perto do fim para as composições de chapa, a presidente nacional do PT desembarcou em Fortaleza e negou que o partido busque hegemonia. A deputada federal Gleisi Hoffmann afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 12, que "o PT não busca hegemonia", mas "faz disputa política e tem estratégia".

Questionada sobre a sigla concentrar o comando da Presidência da República, na figura de Luiz Inácio Lula da Silva, e do Governo do Ceará, com Elmano de Freitas, a dirigente partidária colocou na conta do povo a decisão pelo sucessão na Prefeitura de Fortaleza.

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"O resultado é feito nas urnas pela eleição do povo. Você coloca os nomes e as pessoas elegem. Então, não há uma construção de hegemonia coordenada. Você tem articulação política e se ela dá certo, e se os candidatos apresentados ao povo são do agrado do povo e a política está correta, o povo vai prestigiar essa política na urna", ponderou Gleisi, acrescentando que Fortaleza é uma das "prioridades nacionais" da legenda petista.

Sem ter um prefeito de capital no Brasil, a dirigente partidária também projetou que o Ceará pode reverter esse cenário. "Eu diria que hoje, no Nordeste, Fortaleza oferece uma grande perspectiva de o PT vir a governar uma capital", considerou Gleisi.

Ainda sem definição sobre quem deve compor a chapa encabeçada pelo deputado estadual Evandro Leitão, a presidente nacional do PT expressou desejo por uma mulher na posição de vice, mas elencou critérios como "ver qual é a melhor composição e que dá mais força para ganhar". Segundo ela, "eleição é uma junção matemática".

"É óbvio que eu vou dizer que sim, que eu também tenho preferência por mulheres, porque eu acho que as mulheres têm de participar do processo político, estarem cada vez mais presentes na política, mas nós estamos falando de uma eleição majoritária. [Em] uma eleição majoritária, a estratégia política tem de estar junto com a estratégia da matemática. Ou seja, eu tenho que unir aqueles que mais podem me dar na soma", afirmou Gleisi.

A petista também contou que "a estratégia para eleição de 2024 é que a gente possa ter, ao final, não só um panorama aonde o PT ganhou prefeituras, mas [em que] o campo progressista e democrático ganhou prefeituras".

Sucessão do comando do PT nacional

Durante a entrevista coletiva realizada na sede do PT Ceará, em Fortaleza, a sucessão do comando do partido a nível nacional também foi tema do encontro.

Conforme Gleisi, a construção dessa definição está prevista para outubro, após as eleições municipais. Ela também avaliou como "legítima a reinvidição do Nordeste de ter uma presença mais forte dentro do PT, inclusive na sua direção e condução".

"É aqui, afinal de contas, que nós estamos com os melhores resultados eleitorais, com os quatro governadores, uma bancada forte, então tem toda a legitimidade", ponderou Gleisi. Ela foi perguntada sobre o cearense José Guimarães, líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, como opção para sucedê-la na presidência da sigla.

"Obviamente, que o Zé Guimarães tem condições de sobra para fazer isso. Foi vice-presidente comigo durante todo esse tempo, coordenador do grupo de trabalho eleitoral. Então, tenho certeza que [ele] tem todas as condições para assumir a direção do partido. Obviamente que a gente vai conversar, vamos tentar fazer um um acordo, ter a melhor maneira de sair, para ter uma unidade partidária que eu acho que isso é importante".

 

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