Marcos Sobreira prega união em Iguatu: "Não queremos a volta do passado nem o governo atual"

Iguatu tem seis pré-candidatos à Prefeitura, dois a menos que Fortaleza. Sobreira elencou o cenário da quantidade de pré-candidaturas como "um momento atípico, fora do normal"

Em um cenário de seis pré-candidaturas já anunciadas à Prefeitura de Iguatu, o deputado estadual iguatuense Marcos Sobreira (PDT) disse acreditar em uma união de partidos em oposição à pré-candidatura petista, de Ilo Neto (PT), e ao nome a ser indicado pelo atual prefeito, Ednaldo Lavor (PSD).

Entre as demais siglas presentes na corrida pré-eleitoral de Iguatu, estão o PSB, do pré-candidato apoiado por Sobreira, Sá Vilarouca (ex-PT), além do PSDB, União Brasil, PMN e PL.

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"Essas cinco candidaturas querem projetos novos. Nossa ideia é unir essa turma o quanto mais for possível para ganhar a eleição. Se quiserem manter, paciência, mas estamos conversando", afirmou.

Sem citar diretamente Ilo ou Ednaldo, Sobreira afirmou que não se trata de um projeto de “oposição”, mas de siglas que se cansaram do ‘passado’ e que não querem uma continuação do governo atual.

“Não fazemos oposição a ninguém. Nosso projeto é um projeto que cansou do passado, que não quer a volta do passado, que entende que o povo tirou (do poder) porque não queria, mas que também não quer o governo atual. Essas cinco candidaturas querem projetos novos. Nossa ideia é unir essa turma o quanto mais for possível para ganhar a eleição”, disse ao O POVO.

Questionado se o ‘passado’ se tratava do grupo político de Agenor Neto, o deputado apenas riu: “Pois é”, disse e seguiu, afirmando que as cinco demais candidaturas “queriam projetos novos”.

O pré-candidato apoiado pelo parlamentar, Sá Vilarouca, chegou a se lançar como nome do PT na cidade, antes de ser preterido pelo diretório estadual petista, que optou por Ilo, filho do ex-prefeito, Agenor Neto (MDB).

Sá saiu da sigla e filiou-se ao PSB de Eudoro Santana e do senador Cid Gomes, sendo apoiado por Sobreira, antes também cotado para concorrer à Prefeitura.

A família do deputado estadual é historicamente opositora ao grupo de Agenor Neto, o que impediria uma união, mesmo que os partidos - PT e PSB - sejam da base do Governo do Estado. Já em relação a Ednaldo, Marcos Sobreira rompeu com o peessedista em 2018, dois anos após ter sido eleito vice na chapa dele.

Iguatu tem seis postulantes à Prefeitura, dois a menos que Fortaleza

Além de Ilo e Sá, os postulantes à Prefeitura contam com o filho do ex-prefeito de Iguatu, Roberto Costa, Roberto Filho (PSDB); com o presidente da Câmara dos Vereadores, Ronald Bezerra (União Brasil); com o policial militar Capitão Pedro Helder (PL) e com Augusto Correia (PMN). Espera-se ainda o nome do PSD, a ser apoiado pelo prefeito Ednaldo Lavor, que segue em definição.

Ou seja, são seis postulantes já confirmados mais um nome a ser definido, podendo totalizar sete candidatura. Em comparação, a capital do Ceará, Fortaleza, conta com oito pré-candidatos lançados.

Sobreira elencou o cenário da quantidade de pré-candidaturas como “um momento atípico, fora do normal”. “Imagino que esse mês de julho até 5 de agosto, vai ser fundamental para vermos quem vai se unir com quem. Acho que isso deve afunilar”, completou o deputado.

Dentre os diálogos, o deputado citou a presença de Sá Vilarouca nas filiações de Ronald Bezerra e Roberto Filho. “Tenho diálogo constante com o Ronald. O Sá foi na [filiação] do Roberto Filho também. Estamos querendo construir um elo de alianças. Para ganhar eleição tem que ter mais força. Óbvio, vamos tentar o apoio de todos os partidos. Mas nossa missão é aglutinar, juntar os partidos para que tenhamos uma candidatura mais densa e mais forte ainda”, afirmou.

Quanto ao apoio dentro do PDT, Sobreira afirmou que, ao menos em relação ao diretório municipal, estavam com Sá. Já em relação ao estadual, presidido por Flávio Torres e com influência de Ciro Gomes (PDT), o deputado afirmou que não se sabe ainda a decisão. Apesar disso, flyers com os rostos de Ciro e do ex-governador Tasso Jereissati foram distribuídos em peças de Roberto Filho.

“Eu pessoalmente ainda estou no PDT, temos uma comissão. Dentro do PDT, a unanimidade é apoio a candidatura do Sá. Se a estadual vai tomar outra posição, não cabe a mim, mas no partido municipal, nossa ideia é compor com o Sá”, afirmou.

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