Na tentativa de reeleição, prefeito de Barbalha terá união de partidos aliados

O prefeito vem se reunindo com partidos da base e contará com o apoio da cúpula petista

Enquanto em outros municípios a base governista briga entre si nas candidaturas, em Barbalha, o prefeito Guilherme Saraiva (PT) parece ter uma folga na tentativa de reeleição este ano. Ele está em seu primeiro mandato e pode pleitear o cargo novamente, já tendo se colocado como pré-candidato.

Na visão do gestor, embora não exista “eleição fácil”, seu grupo vê um cenário favorável impulsionado pelas alianças construídas nas três esferas: municipal, estadual e federal. Guilherme vem se encontrando com nomes de diversos partidos aliados como MDB, Republicanos, PSB, e DC.

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“O que me motiva para colocar meu nome hoje como pré-candidato é justamente os apoios. Eu tenho, mais do que nunca, a certeza que o município não consegue fazer gestão pública sem apoio das lideranças maiores”, disse.

“Assim como a gente precisa da população”, seguiu, “com a compreensão e o apoio, a gente também precisa das lideranças maiores”, ressaltou o prefeito em transmissão ao vivo compartilhada em suas redes sociais. Ele foi entrevistado pela Rádio Progresso no último dia 31 de maio.

O prefeito fala também em um diálogo com o atual vice, Vevé Siqueira, também do PT, na tendência de repetir a dobradinha petista. Como principais fiadores da candidatura, Saraiva cita nomes graúdos do PT no Estado: o governador Elmano de Freitas (PT), o ministro Camilo Santana (PT) e o líder do Governo Lula na Câmara, o deputado José Guimarães (PT).

“Eu fiz muita reflexão para tomar a decisão de ir para a reeleição. Eu e Vevé conversamos muito e vimos que, além do Governo do Estado, a gente ainda tem o governo federal, temos o ministro Camilo Santana, que nasceu no Crato, mas tem casa em Barbalha, e além disso, temos o líder do Governo, o Guimarães”, ressaltou. Ele cita também o deputado estadual Fernando Santana (PT), pré-candidato em Juazeiro do Norte.

Apesar de considerar um cenário favorável, ele disse respeitar a oposição e que projeta um candidato adversário. “Não existe eleição fácil, qualquer que seja, ela é muito dura e difícil, a gente respeita a oposição e a oposição certamente terá candidato e a gente está pronto para enfrentar”, disse ainda.

E seguiu: ”Mas nós enxergamos um cenário muito favorável pelas alianças que foram construídas em nível estadual e nacional no sentido de dar suporte a uma gestão, de dar suporte a um programa de governo, mas também as alianças que construímos a nível de município que tem se tornado cada vez mais robustas”.

O apoio foi escancarado em evento de inauguração do Parque da Cidade no fim de maio no município. Elmano anunciou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que “daqui para frente” viria mais entregas e ações com o “Barbalha 4x mais forte”, citando o prefeito.

Na região do Crajubar, Barbalha é o cenário mais “confortável” para o PT. Em Juazeiro do Norte, a sigla apresentou Fernando Santana em contraponto ao atual prefeito Gledson Bezerra (Podemos) que irá disputar a reeleição. No Crato, José Ailton (PT) está no segundo mandato e vai indicar o vice André Barreto como candidato a sucessor.

Oposição ainda aguarda indicação de nome com série de apoios

Em 2020, apenas uma candidatura foi apresentada no município, além da de Saraiva e Vevé. PSL, Podemos, MDB, Pros e PSDB lançaram Argemiro Sampaio (agora no União Brasil), então prefeito do município que buscava a reeleição. 

Para este ano, a oposição procurou se reorganizar e garantiu a chegada do PDT, que deixou o bloco do prefeito. A saída oficialmente aconteceu em abril deste ano após reunião com Sampaio e o ex-deputado Rommel Feijó. O presidente da executiva municipal do PDT, Geraldo Sinezio, que também é pré-candidato a vereador, sinalizou que junto da adesão de Ciro Gomes (PDT) e aliados houve a expressão de apoio à oposição no município. 

"Ele anunciou a adesão ao grupo oposicionista, consolidando o apoio às candidaturas a prefeito e vice, a serem decididas até junho. O PDT agora se une ao PSDB e à União Brasil no bloco oposicionista, que espera receber mais duas ou três siglas antes das eleições", afirmou Sampaio. Segundo ele, o nome deve ser apresentado até junho, contando com União Brasil e PSDB


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