Wagner critica polarização e se coloca como alternativa: "É a eleição da minha vida"
Pré-candidato contou que siglas de direita conversam sobre arco de alianças. Presidente nacional do União Brasil afirma que "Fortaleza é prioridade"
06:00 | Jun. 07, 2024
Reforçando o discurso de mudança ao invés de continuidade, Capitão Wagner reuniu nomes do União Brasil para dar peso à sua pré-candidatura a prefeito de Fortaleza. No encontro realizado nessa quinta-feira, 6, ele reforçou ser um postulante sem padrinhos, criticou a polarização do último pleito e colocou-se como opção nesse entremeio.
"Eu acho que isso tem chamado a atenção da população. Hoje, eu tenho eleitores de centro-esquerda, de centro, de direita, de direita radical, e o caminho é esse. A cidade de Fortaleza é muito eclética, não é uma cidade de um campo ideológico, é com esse perfil e com esses discurso que a gente vai ganhar a eleição”, cravou ao citar este fator como diferencial na disputa deste ano.
Wagner, que também preside o União Brasil no Ceará, expressou estar mais “maduro” nesta disputa. “Eu tenho dito muito que essa eleição é a eleição da minha vida. Eu acho que ela vai demarcar uma candidatura extremamente madura".
Ele pondera que "o Brasil passou pelo lapso da polarização", e que, no seu parecer, "está começando a arrefecer e as pessoas estão começando a perceber o mal que a polarização fez". Na ocasião, o ex-deputado criticou a condução do governador Elmano de Freitas (PT) ao comando do Executivo estadual e pontuou que, neste ano, os apoiadores de outrora já estão divididos.
"Em 2020, pegaram um político que não era conhecido do grande público. Todos se juntam com ele no segundo turno para nos derrotar e a gente perdeu a eleição por um [ponto] e meio, mas a gente está vendo que esse reino se dividiu e parece que esse povo não se junta mais”, disse Wagner em alusão à vitória de José Sarto (PDT).
E seguiu: “Mas tenho a plena convicção de que o 'dedaço' não vai funcionar dessa vez. O dedaço é isso: o cara não tinha condição nem de se reeleger candidato estadual, apontaram o dedo para ele e: vem cá, tu vai ser o governador", explicou, desta vez se referindo ao governador Elmano.
Sarto também foi criticado pelo pré-candidato do União Brasil, dizendo ser a hora de "eleger alguém da periferia". "Hoje, nós vivemos em duas Fortalezas. Uma da (avenida) 13 de maio para cá e outra da (avenida) 13 de maio para lá. Eu quero governar uma cidade que seja unida, que seja uma cidade só”", seguiu.
O discurso de Wagner foi endossado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). “Você é homem de formação familiar, temente a Deus, que tem independência moral e intelectual para governar a cidade, você não é um homem encabrestado por ninguém, você só deve satisfação ao povo de Fortaleza e o povo de Fortaleza quer é ver o nosso Capitão assumindo o comando da Prefeitura”.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, por sua vez, verbalizou em seu discurso que a Fortaleza é “prioridade” para a sigla. “Capitão, tenha certeza, que esse time que aqui está, vai ter como prioridade aqui no Nordeste a capital do Ceará”, afirmou o dirigente partidário ao lado de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador que compareceu ao evento.
Durante coletiva de imprensa, Wagner contou que os partidos alinhados à direita em Fortaleza, que lançaram os nomes do deputado federal André Fernandes (PL) e o senador Eduardo Girão (Novo) ao Paço Municipal, também dialogam.
“Hoje, mais uma vez, a presença da nacional aqui, a gente pode conversar sobre o assunto. Tanto a Executiva nacional do PL quanto a nacional do União Brasil estão conversando, como conversam também com o Novo. Conversamos com outros partidos e acredito que somente em julho, nas proximidades da convenção é que iremos definir o arco de aliança, e a partir daí definir o nome que venha compor a posição de vice”, projetou ao ser questionado sobre formação de chapa.
“A gente vai continuar conversando durante todo o mês para, quem sabe, convencer os demais integrantes desse campo de centro-direita que a nossa a nossa candidatura é a candidatura mais viável”, finalizou Wagner.