Wagner e Sarto criticam governo Elmano por fala de secretário da Segurança: "Leviano"

O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, Samuel Elânio disse que o número de homícidos no Estado é "razoável". Até o início desta semana foram acumulados 1.334 CVLIs em 2024

O pré-candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza Capitão Wagner e o atual prefeito José Sarto (PDT) reagiram de forma dura à fala do secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, Samuel Elânio, que qualificou o número de assassinatos no Estado do Ceará como "razoável".

Os opositores da gestão estadual criticaram o governo Elmano de Freitas (PT) após a declaração dada na quarta-feira, 23. Sarto refutou o discurso do secretário e disse a gestão petista é "leviana", citando questões de segurança em Fortaleza e no Ceará.

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"Um posicionamento absurdo e inacreditável do secretário de Segurança sobre a criminalidade em Fortaleza e no Ceará. Leviano é esse governo PT, que deixou as facções criminosas tomarem conta de Fortaleza e do Ceará. Assim como as declarações infelizes desse secretário, que dizem que os índices de criminalidade são razoáveis", afirmou o prefeito nesta quinta-feira, 23, em suas redes sociais.

Já o Capitão Wagner criticou o que considera a normalização de crimes violentos, citando o caso do assassinato no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF). O ex-deputado federal ainda afirmou que o governo Elmano não se coloca no lugar de quem é vítima da criminalidade.

"O secretário acha razoável pessoas arrancando a cabeça, extraindo o coração das vítimas, policiais sendo caçados e mortos. Definitivamente ninguém na cúpula do Governo se coloca na pele das famílias que perderam seus entes queridos. O governo perdeu a capacidade de se indignar...", disse em suas redes sociais.

A fala do secretário

Samuel Elânio, que está a frente da Segurança Pública e Defesa Social na gestão de Elmano, reconheceu que houve aumento nos números de homícidio este ano, mas afirmou ser "razoável" o desempenho em comparação com um período maior.

“Estamos falando de um aumento considerando reduções em cima de reduções. Obviamente, se tivermos um homicídio hoje e amanhã tivermos dois, aumentamos 100%. Mas comparado com todo o período, um período bem maior do que esse, nós ainda estamos com um número razoável. Mas sabemos que devemos melhorar e vamos melhorar”, disse o secretário em coletiva.

No primeiro trimestre de 2024, houve 819 homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Foram 37,25 assassinatos por 100 mil habitantes — segunda maior taxa do País.

De 1º a 19 de maio, foram registrados 195 CVLIs. Isso significa que o Estado teve mais de 10 mortes violentas por dia neste mês. Ao todo, até o início desta semana foram acumulados 1.334 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) em 2024.

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