Prefeita de Limoeiro deixa Republicanos, se filia ao PRD e prepara caminho para reeleição
Ela segue no cargo após série de licenças do prefeito eleito, alvo de questionamentos do MPCEA prefeita de Limoeiro do Norte, Dilmara Amaral, deixou o Republicanos e se filiou ao PRD, para conseguir viabilidade para sua reeleição. Ela assumiu o cargo à frente da gestão após uma série de licenças do prefeito eleito José Maria Lucena (PSB).
Ela era, inicialmente, filiada ao PDT. Em meio à indecisão de para onde iria o grupo de prefeitos pedetistas que iria seguir o senador Cid Gomes (PSB), a prefeita se antecipou e migrou para o Republicanos. A ida foi anunciada pelo presidente da sigla Chiquinho Feitosa, nas redes sociais.
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A saída, confirmada pela assessoria da gestora, aconteceu pouco antes do fim da janela eleitoral, após divergências na articulação. Há alguns dias, a prefeita alegou que a montagem na chapa de pré-candidatos a vereadores ligados a ela foi desafiada por "perseguições políticas".
"Infelizmente, a gente perdeu alguns partidos que a gente entendia que estavam juntos, fruto de uma perseguição, mas que graças a Deus que a gente teve tempo de nos recompor", avaliou.
Presidente da legenda no Ceará, o vereador de Fortaleza, Michel Lins, apontou que Dilmara é “100%” pré-candidata e irá receber o apoio do PDT, Rede/Psol. O Avante também deverá fazer parte do grupo. Ainda se discute quem deve ocupar o lugar de vice na chapa.
Dilmara assumiu o cargo em outubro do ano passado, quando o titular pediu licença por 120 dias. Desde então, diversas licenças têm sido protocoladas e ela segue no poder. Dilmara e Lucena são rompidos.
O prefeito eleito sofreu questionamentos por estar afastado do dia a dia da gestão, devido a problemas de saúde. Porém, ainda assim ele não transmitia o cargo à vice, devido às desavenças políticas. Sob pressão e alvo do Ministério Público, Lucena acabou aceitando se licenciar.
Ela chegou a ser afastado cargo em fevereiro deste ano. Acusada dos crimes de corrupção e fraude no direcionamento de licitações, a prefeita foi suspensa das atividades com 13 votos favoráveis, número que inclui todos os parlamentares de sua base na Câmara. A posse do presidente da Câmara para o cargo de prefeito, Darlyson de Lima Mendes, o Paxá, (PSB), ocorreu logo em seguida.
Ela conseguiu liminar na justiça e retornou ao cargo. O desembargador Fernando Ximenes considerou que "existem elementos que evidenciam a probabilidade do direito, uma vez que o afastamento cautelar da ora recorrente contrariou as normas de processo e julgamento".