Fernando Santana é alvo de representação do MPE por propaganda eleitoral antecipada

O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Juazeiro do Norte, Fernando Santana (PT), foi alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da Promotoria da 28ª Zona Eleitoral, por suposta propaganda eleitoral antecipada.

A representação pede que os tribunais eleitorais analisam postagens e compartilhamentos feitos por Fernando Santana em seu perfil pessoal na rede social Instagram, com expressões como "Vamos juntos", que podem significar pedido de votos.

O autor da representação, o promotor eleitoral André Barroso, reforçou que a propaganda eleitoral só é permitida após o dia 16 de agosto, cerca de um mês e meio antes do primeiro turno das eleições municipais. A ação foi recebida pela Justiça Eleitoral em Juazeiro do Norte nesta quarta-feira, 17.

Após ser notificado, o pré-candidato e deputado estadual Fernando Santana, terá o prazo de dois dias para apresentar defesa.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral, os pré-candidatos ou partidos, que fizerem propaganda eleitoral antecipada, estão sujeitos a penalidades, incluindo multas e até mesmo se tornando inelegíveis. O órgão afirma que o ato de campanha fora de hora pode gerar desigualdade de oportunidades.

Ao O POVO, Fernando Santana disse que encara a representação com muita tranquilidade e respeita os órgãos de fiscalização. O pré-candidato disse ter absoluta convicção de respeito e consideração à legislação eleitoral.

"Com muita tranquilidade, até porque não fui notificado, quando for, irei analisar o conteúdo. Respeito os órgãos de fiscalização, até porque eu sou legalista. Contudo, tenho absoluta convicção de respeito e consideração a legislação eleitoral", afirmou.

Glêdson foi alvo de operação do MPCE

Em março, a casa do prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), principal adversário de Fernando Santana na disputa eleitoral, foi alvo de busca e apreensão do Ministério Público do Ceará (MPCE), com apoio de Polícia Civil e Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

A operação investiga possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica e associação criminosa.

Glêdson definiu a ação do MPCE como "politicagem" e afirmou que nomes políticos ligados à oposição teriam conhecimento sobre uma operação policial para "manchar" a imagem dele diante das eleições deste ano.

Fernando Santana disse que o prefeito passou quatro anos da gestão falando de honestidade, mas o discurso caiu por terra após a operação, e tem tentado criar uma narrativa de "perseguido".

“Ele (Glêdson) passou os quase quatro anos da gestão falando de honestidade e querendo se autoafirmar como honesto. E como agora esse discurso dele cai por terra por conta da operação que aconteceu, então ele quer criar uma nova narrativa de perseguido. Nem a narrativa de mais honesto que todo mundo colou, nem a narrativa de perseguido irá colar”, disse Santana.