Contra Patrícia e Domingos, Audic comemora união da oposição em Tauá e espera apoio de Elmano

Audic Mota afirma que confia nas palavras de Elmano e Camilo Santana. Conforme o ex-parlamentar, Elmano disse que apoiará quem o apoiou em 2022, quando disputou o Governo do Ceará. Domingos era candidato a vice-governador na chapa de RC

O município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, reeditará confronto que coloca em lados opostos o grupo da atual prefeita, Patrícia Aguiar (PSD), contra os opositores que, se na eleição de 2020 saíram separados, neste ano selaram união contra a atual gestão. A acomodação política de Patrícia é liderada pelo ex-vice-governador Domingos Filho (PSD). O ex-deputado estadual Audic Mota (MDB) disse ao O POVO que MDB, Republicanos e PP, forças dirigidas por Eunício Oliveira; Chiquinho Feitosa e Idemar Citó; e Zezinho Albuquerque, respectivamente, serão a espinha dorsal de uma frente pensada para o embate contra Domingos e Patrícia.

"Na verdade, essa frente foi basicamente a mesma que se uniu em 2022 e apresentou resultado muito favorável na chapa do governador Elmano. Se juntou em 2016 e elegeu Carlos Windson. Depois essa frente se dividiu em 2020 e perdeu a eleição. Mas, unida, teria ganho com boa margem de votos. Conseguimos unir em frente única MDB, PP, Republicanos. Maior desafio do último mês, mas conseguimos. Maioria ficou filiada ao MDB", comemora Audic Mota.

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Em 2022, a candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ficou em segundo lugar em Tauá, ainda que com Domingos na vice. Elmano obteve 13.697 votos — 41,80% —; Roberto, 11.301 votos — 23,49%. Audic se reporta ao último pleito em tom irônico quando afirma sobre a votação de Tauá: "Não existe pesquisa de intenção de voto melhor que a urna".

Em 2020, Patrícia Aguiar (PSB) se elegeu prefeita com 48,91% dos votos válidos, seguida de Fred Rego (no extinto DEM), então prefeito, com 34,99%. Dr. Edyr (então no PP), irmão de Audic, veio imediatamente em terceiro, com 13,96% da preferência do eleitorado. A soma da votação dos dois que ficaram atrás de Patrícia é a razão pela qual Audic celebra a união. Juntos, em tese, eles teriam capacidade de superá-la.

A proximidade do calendário eleitoral faz com que o Palácio da Abolição redobre a atenção para os municípios nos quais aliados estarão em disputa, caso de Tauá. Domingos Filho retirou o PSD da base do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), com todos os cargos que ocupava. O objetivo? Aproximar-se do governo de Elmano, contra quem havia disputado eleição no ano anterior. A busca pelo apoio do Abolição, assim como do ministro Camilo Santana (Educação), se dará de lado a lado.

"O PT local que sempre foi Patrícia deseja ficar com ela, e o PV deseja ficar conosco. Essa é outra batalha para travar", admite Audic.

Indagado, então, sobre se a preferência do PT por Patrícia não induziria Elmano a apoiá-la, ele afirma haver compromisso do governador em estar com quem o apoiou em 2022. "O compromisso do governador independe do PT. Acredito eu mais que o governador, inclusive, tenha o poder de trazer o PT para essa frente ampla do que o contrário. Confio nele. Confio no governador", disse e repetiu.

Audic Mota é um dos pré-candidatos ao Executivo do município do Interior, ao lado de outros emedebistas: Dr Edyr (MDB), Fúlvio Gonçalves (MDB). 

Domingos destaca apoios de PT e PSB

O presidente estadual do PSD e ex-vice-governador Domingos Filho rebate a fala de que a oposição em Tauá estará unida nas eleições de outubro, ressaltando que PT e PSB estarão ao lado de Patrícia Aguiar. "Não é verdade que a oposição está unida, pois os principais partidos que disputaram as eleições em 2020 (PSB e PT) estão coligados com o PSD. O PT, partido ao qual eles são filiados, decidiu firmar aliança com a Prefeita Patrícia Aguiar". 

Ele também faz ponderações sobre o resultados das eleições para o Governo do Estado em 2022 e o impacto desse resultado na próxima disputa municipal. "A referência no resultado das eleições gerais (federal e estadual) não expressa o tamanho das forças políticas nos pleitos locais, em que as pessoas avaliam diretamente seus líderes", sublinhou.

E acrescentou: "Tanto que na mesma eleição (2022) a disputa travada entre as lideranças locais demonstra uma diferença marcante de votos entre a deputada Gabriela Aguiar (15.149) e o suplente de deputado Audic Mota (7.204), o mesmo que ocorreu nas eleições municipais de 2020 em que a disputa entre os dois grupos registrou uma diferença expressiva entre Patrícia Aguiar (16.964) e Edir Mota (4.843)". 

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