PF desarticula grupo que clonou celulares de ministros de Temer
Os criminosos, diz a PF, se apossavam das contas de WhatsApp das vítimas e, fazendo-se passar pelos reais donos dos números, solicitavam transferências bancárias a pessoas de suas listas de contatos.
De acordo com a investigação da PF, o grupo se valia de contas bancárias falsas e outras emprestadas por terceiros para receber os valores arrecadados com as fraudes. Ao todo, a PF cumpre cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Maranhão e Mato Grosso do Sul expedidos pela Justiça Federal em Brasília.
O ministro Carlos Marun foi o primeiro dos ministros a ser alvo do grupo. Como mostrou o Estado em março, após ser acionado via o aplicativo, um amigo pessoal do ministro se dispôs a fazer um depósito. De acordo com o ministro, quem trocava mensagens com ele recebia de volta um pedido de "um favor" seguido da pergunta se o contato possuía conta do Banco do Brasil.
Braço direito do presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha foi alvo duas vezes do grupo criminoso. Após trocar pela segunda vez de celular por causa da clonagem, o emedebista enviou uma mensagem aos seus contatos. "Atenção: este meu celular foi clonado e soube que estão fazendo pedidos indevidos em meu nome. Não atendas nem mandes mensagens para este número. Vou tratar de responsabilizar criminalmente o clonador", escreveu Padilha.
Agência Estado
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente