Viagem de Lula para funeral de papa aperta prazo para tratar de reforma ministerial e crise da Abin

Viagem de Lula para funeral de papa aperta prazo para tratar de reforma ministerial e crise da Abin

Comitiva completa que partirá com destino a Roma deve ser divulgada pelo Planalto nesta terça-feira, 22. Sem data confirmada, a viagem depende do protocolo do Vaticano sobre o funeral de Francisco

Após o falecimento do papa Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará para o funeral do pontífice, em Roma, acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A viagem deve apertar o prazo do petista para lidar com a reforma ministerial e a crise na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A comitiva completa que partirá com destino a Roma deve ser divulgada pelo Planalto nesta terça-feira, 22. Sem data confirmada, a viagem depende do protocolo do Vaticano sobre o funeral de Francisco.

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A ida de Lula à capital italiana ocorre em meio a uma crise na Abin, que está sendo acusada de realizar ação hacker, já sob o governo do petista, contra autoridades do Paraguai. Também acontece enquanto a reforma ministerial do presidente é encaminhada.

Outras medidas que o chefe do Executivo nacional precisa realizar são as indicações para tribunais e agências reguladoras.

A viagem para Roma tira Lula do País por alguns dias, já somando com a agenda apertada em meio a feriados que esvaziam Brasília. Na agenda do presidente, estão previstos embarques para Rússia e China, entre 9 e 13 de maio.

Nesta terça-feira, 22, pós-feriado, a agenda de Lula está voltada para receber o presidente do Chile, Gabriel Boric, com cerimônia oficial de chegada marcada para às 10h. O encontro conta com a participação de empresários. Outro feriado que se aproxima, o Dia do Trabalhador, em 1º de maio, aperta a agenda do petista.

Caso Abin

Já na gestão de Lula, a Abin teria realizado uma ação hacker contra autoridades do governo do Paraguai. O planejamento da ação teve início no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas foi autorizada a ser executada na gestão de Luiz Fernando Corrêa, atual diretor nomeado pelo petista.

As informações foram divulgadas pelo colunista Aguirre Talento, do Uol. Segundo ele, a operação de espionagem invadiu computadores para colher informações sigilosas sobre a negociação de tarifas da usina hidrelétrica de Itaipu, que envolve disputa comercial entre os dois países.

Um servidor da Abin, que teria participado diretamente da ação, relatou à Polícia Federal (PF) que a operação capturou dados de vários alvos ligados à cúpula do Paraguai. Ainda conforme trouxe o Uol, a ação foi realizada meses antes de ser fechado acordo com o país vizinho por energia vendida ao Brasil em maio de 2024.

Com o transcorrer do caso, Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor adjunto do órgão, Alessandro Moretti, prestaram depoimento na quinta-feira, 17, à PF, em Brasília. As oitivas duraram cerca de cinco horas e a investigação corre em segredo de Justiça, e os detalhes dos depoimentos não foram divulgados.

Reforma ministerial

Alguns nomes estão sob especulação sobre a permanência no governo Lula. Como exemplos, os casos de Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e Wellington Dias, que integra a pasta de Desenvolvimento e Assistência Social; além de Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres.

Uma outra pasta que está indefinida é a do Ministério das Comunicações, que estava sob a gestão de Juscelino Filho, que deixou o cargo há duas semanas após denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre suposta participação em desvios de emendas parlamentares.

Um substituto, o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil - MA), chegou a ser anunciado pelo Governo, mas disse que consultaria a bancada. Conforme o G1, ele deve se reunir com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nesta terça-feira, 22, para discutir o cargo, já que a ocupação da vaga tem dividido o partido.

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