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Sâmia Bomfim vê perseguição política se Câmara não dialogar sobre cassação de Glauber Braga

Sâmia Bomfim vê perseguição política se Câmara não dialogar sobre cassação de Glauber Braga

Glauber está há seis dias ingerindo apenas água e soro fisiológico em greve de fome na Câmara

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) participou do O POVO News desta segunda-feira, 14, e afirmou que se não for possível estabelecer um diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a cassação de seu esposo, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), "deixaria ainda mais explícito que se trata de uma perseguição política".

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Ela manifesta apreensão diante da decisão do presidente da Câmara de desconvocar as sessões presenciais da Casa durante a Semana Santa, pois a "discussão mais aprofundada" é dificultada. Com o formato híbrido, os parlamentares não são obrigados a estar em Brasília durante as sessões.

Segundo Sâmia, são poucos os deputados que vão presencialmente nessas situações. "Significa que a possibilidade de diálogo e de discussão mais aprofundada sobre uma saída política para essa situação deve ficar para depois da Páscoa, porque tem ainda um calendário um pouco extenso pela frente. Então nos gera bastante apreensão, mas Glauber disse que está firme e que vai seguir até que essa injustiça possa ser desfeita", destaca a deputada.

A parlamentar também questiona a desproporcionalidade da punição em comparação com o caso de Chiquinho Brazão, preso desde março de 2024 após ser acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Assim como sua prisão, o processo de cassação do deputado completa um ano em tramitação na Câmara e aguarda para ser analisado pelo Plenário desde setembro de 2024.

"A julgar pelo caso do Sr. Chiquinho Brazão, ele não teve nenhuma pressa para apreciar a sua cassação definitiva. Me estranharia muito se houvesse uma pressa diante do caso do Glauber Braga. Novamente deixaria ainda mais explícito que se trata de uma perseguição política, que é o que estamos dizendo desde o primeiro dia deste Conselho de Ética", argumenta.

Sâmia ainda revelou apreensão com a greve de fome de seu esposo, iniciada em protesto contra a aprovação do relatório no Conselho de Ética da Câmara que pede sua cassação.

Segundo a deputada, Glauber está "bebendo somente água e soro fisiológico". "Hoje inicia o sexto dia de greve de fome. Ele está sendo acompanhado por médicos da Câmara, mas também por outros médicos voluntários que se revezam para ver o estado de saúde dele. (...) Hoje ele já começou a demonstrar algum abatimento", afirmou Sâmia.

Em entrevista ao O POVO News no início de abril, o próprio Glauber também afirmou ser vítima de perseguição política, em ação que estaria sendo orquestrada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O pedido de cassação de seu mandato ocorreu após ele expulsar, aos chutes, o influenciador Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL), da Câmara dos Deputados, após Costenaro fazer insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo, Saudade Braga, mãe do deputado, que na época estava doente. Ela morreu 22 dias depois.

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