Sindicato reage à resistência de Evandro em pagar retroativo: "Falta de vontade política"
Discussão acerca do aumento geral para servidores públicos municipais estende-se há meses e entrave está na questão do pagamento ou não do aumento de forma retroativa
Não repercutiu bem entre os servidores a entrevista do prefeito de Fortaleza Evandro Leitão (PT) ao O POVO, em que ele afirma ser inviável pagar retroatividade em relação ao aumento salarial para os servidores públicos municipais.
"A gente avalia que o que está acontecendo é uma falta de vontade política em valorizar e resolver a situação dos servidores", disse Augusto Monteiro, secretário geral do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindifort).
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Após várias reuniões, sindicalistas e Prefeitura chegaram a um acordo em relação ao reajuste, que seria de 4,83%. No entanto, a proposta de Evandro e equipe é de que seja pago somente a partir da folha de junho, sem retroativo.
Augusto lembra que a database dos servidores é 1º de janeiro. Ele acredita ser "perfeitamente possível" o pagamento do retroativo.
A posição das entidades sindicais continua a mesma. A gente acha que é perfeitamente possível a Prefeitura de Fortaleza garantir a database dos servidores. Inclusive, a database dos servidores é 1º de janeiro. Então a gente acha que é perfeitamente possível garantir essa retroatividade.
"A gente já tem acordo em relação ao IPCA, pois a gente não abriu mão do retroativo, porque a gente entende que, sem o retroativo, a gente já vai ter um acúmulo de perdas, porque já estamos aí em abril. (...) A inflação no período já chega aí na casa dos 8%, então isso representa perda pra gente. A gente entende que a questão de prioridade da gestão", avaliou.
Para o sindicalista, falta vontade da Prefeitura em resolver a situação. "A gente acha que se a gestão priorizasse a valorização dos servidores públicos daria perfeitamente pra bancar esse projeto retroativo. Além do mais, também há uma possibilidade de crescimento das receitas pra agora, pra o ano de 2025. Enfim, a gente avalia que o que está acontecendo é uma falta de vontade política em valorizar e resolver a situação dos servidores", concluiu.