Advogado de Filipe Martins é detido por desacato no STF durante julgamento do golpe

Advogado de Filipe Martins é detido por desacato no STF durante julgamento do golpe

O advogado não entrou na sala onde a denúncia é analisada. Martins, cliente de Coelho, não integra o núcleo que é alvo da acusação analisada hoje. O advogado disse que foi detido e solto pouco depois

O ex-desembargador Sebastião Coelho, advogado do ex-assessor presidencial Filipe Martins, foi detido por desacato, pela Polícia Judicial, nesta terça-feira, 25, por tumulto causado durante sessão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa denúncia que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.

O advogado não entrou na sala de sessões, onde a denúncia é analisada. Martins, cliente de Coelho, não integra o núcleo 1, que é alvo da acusação analisada hoje. Coelho foi detido em flagrante por desacato e ofensas ao tribunal. Em dado momento da transmissão da sessão, durante leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, é possível ouvir gritos próximos à sala. O G1 os atribuiu a Coelho.

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"Estou na porta da turma, sou advogado de Filipe Martins. Tem lugares dentro do plenário e estou sendo impedido de entrar. Isso é uma vergonha. Estou denunciando, como advogado de um dos principais acusados", alegou em vídeo publicado nas redes sociais. O advogado se exalta e esbraveja ao final do vídeo que o tribunal é "de exceção". Na legenda da publicação ele confirma que foi detido.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a confecção de um boletim de ocorrência por desacato. O defensor foi liberado na sequência. O advogado disse a jornalistas que acompanham a sessão, que foi impedido de entrar por seguranças e que o fato o fez se exaltar.

O STF informou que havia orientação de credenciamento prévio por parte de advogados para participar da sessão da Primeira Turma. "Aos advogados das partes e às partes é permitido acesso livre, mas os demais tinham que encaminhar os nomes. Por isso, o desembargador aposentado foi encaminhado para acompanhar da segunda turma, e se recusou", destaca.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que deputados federais, aliados de Bolsonaro, também estiveram no local. Inicialmente, eles tentaram entrar na sala da sessão, mas foram impedidos. A entrada foi liberada posteriormente. Os parlamentares não teriam informado com antecedência que queriam acompanhar a sessão; o que gerou confusão e reclamações após serem barrados.

Nesse caso, o STF informou que a orientação inicial era de que, após o início da sessão, não poderiam mais entrar para evitar tumultos nas turmas. "Eles foram encaminhados para segunda turma, mas se recusaram. Como são parlamentares, representantes do povo, o ministro presidente da turma liberou a entrada dos políticos. Os deputados que aguardaram aqui foram todos liberados", destaca a Corte.

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