MPCE realiza operação contra suposto desvio de recursos públicos em Choró

MPCE realiza operação contra suposto desvio de recursos públicos em Choró

Choró passa por uma instabilidade política desde o fim do ano passado, quando o prefeito eleito Bebeto Queiroz (PSB) foi alvo de operação da Polícia Federal. O caso gerou repercussão nacional

O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou nesta sexta-feira, 21, operação que investiga suposto esquema de desvio de verbas públicas em órgão vinculado à Prefeitura de Choró, município distante 168,10 km de Fortaleza. A investigação aponta que desvio de dinheiro público ocorria por meio de contratos firmados com empresas de fachada e afastou, por dez dias, uma servidora pública.

Ao todo, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de agentes públicos e de empresários, além das sedes de cooperativas que mantinham contratos com a Prefeitura de Choró.

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A operação ocorreu em Aquiraz, Choró, Fortaleza, Maracanaú, Quixadá e na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O MP destacou que os investigados poderão responder por "ato de improbidade administrativa e crimes contra a administração pública".

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A operação "Fictus" ocorreu por meio da Promotoria de Justiça de Choró e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio da Polícia Civil. O MP não divulgou qual o órgão estaria envolvido no suposto desvio de verba ou o nome da servidora afastada das funções. O nome da operação é uma palavra do latim e que significa “falso”, tendo em vista que as cooperativas são fictícias. O caso está sob segredo de Justiça.

O POVO entrou em contato com o prefeito interino de Choró, Paulinho (PSB), e com a equipe de comunicação da Prefeitura para solicitar detalhes e um posicionamento sobre o caso investigado pelo MPCE. A matéria será atualizada caso haja retorno por parte da administração municipal.

Choró passa por uma instabilidade política sem precedentes desde o fim do ano passado, quando o prefeito eleito Bebeto Queiroz (PSB) foi alvo de operação da Polícia Federal (PF). O caso gerou repercussão nacional, mas os impactos políticos numa cidade de apenas 12,1 mil habitantes foram ainda maiores.

O prefeito eleito foi alvo de operação em 22 de novembro do ano passado. No dia seguinte, entregou-se à Polícia. Depois de dez dias preso, foi solto, ao final do prazo da prisão temporária. Chegou a comemorar nas redes sociais, mas, dois dias depois, foi alvo de nova operação e está foragido desde então.

A investigação envolvendo Bebeto apura suposto esquema de desvios de emendas parlamentares (reserva no Orçamento que é indicada por deputados e senadores) para influenciar resultados eleitorais em dezenas de municípios. O deputado federal Júnior Mano (PSB) é alvo de inquérito da Polícia Federal sobre o tema.

Paulinho (PSB), prefeito em exercício, era o presidente da Câmara Municipal e assumiu a Prefeitura interinamente, após Bebeto e seu vice não tomarem posse na esteira das investigações supracitadas.

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