Aurora: prefeito e vice são cassados por abuso de poder político e econômico
Reeleito em 2024, Marcone Tavares é acusado de utilizar o maquinário público para favorecimento eleitoral
A Justiça Eleitoral de Aurora, município a 465 km de Fortaleza, decidiu cassar os mandatos do prefeito Marcone Tavares de Luna, do PT, e de sua vice, Glória Maria Ramos Tavares, do PSB, na segunda-feira, 17, por suposto abuso de poder político e econômico no pleito de 2024.
Conforme trouxe o repórter Petrick Lacerda, do programa O POVO no Rádio, da rádio O POVO CBN Cariri, a situação foi determinada pelo juiz José Gilderlan Lins. O político teria feito uso indevido do maquinário público em propriedades privadas para favorecimento eleitoral.
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As irregularidades teriam sido realizadas durante as eleições municipais de 2024, segundo a decisão, pleito em que Marcone foi reeleito. Outro apontamento, de acordo com o repórter Petrick Lacerda, foi o aumento injustificado na folha de pagamento da Prefeitura , além da concessão de cargos públicos em troca de apoio político.
Um outro motivo apresentado pela Justiça foi a ampliação do programa de aluguel social do município sem uma justificativa legal prévia.
Nas redes sociais, Marcone Tavares comentou a situação e disse estar surpreso, já que o Ministério Público havia arquivado o processo anteriormente por falta de provas.
Prefeito se manifesta
“Eu recebo aqui, com muita surpresa, uma decisão aqui do juiz de Aurora sobre uma AIJE que tinha contra a eleição de 2024. A surpresa nossa é porque o Ministério Público já tinha dado um parecer pelo arquivamento da ação por falta de prova, mas quero dizer ao povo de Aurora que nós vamos recorrer dessa decisão, vamos continuar trabalhando e que o menino Deus continue nos abençoando”, disse o prefeito.
A decisão ainda cabe recurso no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE) e o prefeito deve entrar com pedido, como sinalizou nas redes sociais. Dependendo do julgamento do recurso, o município de Aurora poderá enfrentar um novo processo eleitoral, e o prefeito Marcone Tavares poderá ficar inelegível por oito anos.