Possível corte de gastos preocupa as Forças Armadas, que alertam governo sobre tensões globais
As ameaças de Trump e o rearmamento da Europa fazem as Forças Armadas alertarem o governo sobre o risco de cortes no setor
As Forças Armadas brasileiras estão preocupadas com a possibilidade do corte no orçamento para este ano de 2025. Com o cenário internacional adverso e com uma corrida armamentista e tensões causadas por conflitos internacionais, há o temor de que o Brasil fique vulnerável.
Com valor de gasto previsto pelo Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025 em R$ 133 bilhões, cerca de 90% desse valor é para despesas com pagamento de pessoal, sendo a menor parcela para reequipar as forças. A PLOA ainda será votada pelo Congresso Nacional.
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Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, para o alto comando do Exército brasileiro, o regresso de Trump à presidência dos Estados Unidos acelerou o processo de transição mundial, do que eles chamam de “paz relativa” para “competição” bélica.
De acordo com o Instituto Britânico de Estudos Estratégicos, (IISS), os gastos militares no mundo cresceram 7,4% em 2024, chegando ao recorde de US$ 2,4 trilhões. O aumento dessas despesas significa mais instabilidade e insegurança, o que justificaria o aumento em reequipar as forças, não no corte de gastos.
Investimentos nas forças armadas historicamente têm sido alvo preferencial dos governos quando há necessidade de corte de gastos. De acordo com a CNN Brasil, a equipe econômica trabalha com o cenário de contingenciamento e bloqueio orçamentário com o objetivo de cumprir a meta de déficit fiscal zero neste ano.
Apesar da queda, as gestões petistas de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff são as que ainda têm maiores percentuais de investimentos nas forças no século XXI, sendo superior às gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).