Ataques de facções a provedores de Internet viram arma da oposição contra Governo Elmano

Ataques de facções a provedores de Internet viram arma da oposição contra Governo Elmano

Parlamentares usam ações recentes para tecerem críticas à gestão de Elmano; líder do governo na Assembleia Legislativa comemora queda recente em números de mortes

Os recentes ataques realizados por facções criminosas no Ceará contra provedores de Internet repercutiram na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

Parlamentares lamentaram a repercussão negativa para o Estado que esses atos têm gerado. O deputado estadual Carmelo Neto (PL) afirmou que ataques como os que têm sofrido a Brisanet, ou o que deixou o Porto do Pecém sem Internet, vêm trazendo uma série de prejuízos para o Ceará.

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"Isso é muito ruim. Muito ruim inclusive para a imagem do Estado no exterior, nos outros estados, a competitividade do Ceará nesse quesito comercial, portuário. Mas o que me deixa mais revoltado é que eles fazem isso para impor o provedor de Internet da facção, que está se popularizando o nome como CVNET. E o que me deixa mais revoltado é saber que para se impor uma provedora é preciso que se tenha CNPJ, que se tenha como o cidadão contratar. Então, o que me deixa revoltado é saber que o crime está legalizado", argumentou ao O POVO.

Para o parlamentar, as ações do governo não têm sido eficientes para combater o crime organizado e diminuir a insegurança. "Olha, o governador ele tem dito há algum tempo que vai cuidar pessoalmente da segurança. E desde que ele falou que vai cuidar pessoalmente tem piorado. Então, eu não sou capaz de dizer que o governador não quer resolver o problema da segurança, porque eu não acredito, porque a família dele mora aqui, ele mora aqui. Eu não acredito que ninguém que esteja sentado na cadeira de governador do Estado não queira resolver o problema da segurança. Agora que não tem sido capaz de resolver", criticou.

Ações do governo

Líder do governo Elmano de Freitas (PT) na Casa, o deputado estadual Guilherme Sampaio (PT) destacou a criação de um grupo de trabalho específico para combater a o crime organizado. Ele lembrou que foi aprovada na Alece esta semana uma alteração do estatuto da Polícia Civil, permitindo a posse no cargo de delegados de Polícia Civil que foram aprovados no concurso e estão na última etapa do curso de formação.

Segundo o petista, o objetivo dessa alteração é fortalecer a estrutura da Polícia Civil, alinhado com a perspectiva do governador Elmano de enfrentar o crime. A convocação de novos profissionais de segurança pública é outra medida nesse sentido.

"É isso que a população espera do governador Elmano, uma atuação qualificada, firme e inteligente contra o crime organizado. O governador tem caminhado nessa perspectiva, quer seja na convocação de milhares de profissionais de segurança, na multiplicação por cinco da nossa estrutura de inteligência, na compra de viaturas e de equipamentos pra nossa polícia, na motivação dos nossos profissionais. Semana passada aprovamos aqui o sistema de metas integrado da política de segurança do Estado, que vai premiar com uma recompensa fim do policial até o coronel. Todas as forças de segurança na Polícia Civil, na Perícia Forense e nos Bombeiros e com base nos objetivos de meta de redução de homicídios, de roubos", explicou, destacando ainda uma redução de 20% nos crimes em fevereiro em relação ao ano anterior, e também uma redução em janeiro.

"No mês de fevereiro, nós tivemos uma redução de 20% praticamente em relação ao ano passado. No mês de janeiro, também já tivemos uma redução. E essa é a decisão firme do governador Elmano, combater com rigor, inteligência e com profissional. mais qualificados, o crime organizado", concluiu.

Luta contra a desmoralização

Segundo o deputado Heitor Férrer (União Brasil), o governador tem que fazer o seu papel e não ser desmoralizado pelo crime organizado. "O que nós estamos vendo no Ceará é um Estado dentro do outro, onde o crime organizado estabelece os seus limites, os seus padrões e o Estado fica apenas a observar e a se conter como poder público. O que tá acontecendo com as facções na periferia de Fortaleza, nos municípios, tem demonstrado que essa luta, que essa briga, o governo está em desvantagem, lamentavelmente", alertou ao O POVO.

Segundo ele, facções realizam ataques sem medo de esconder o rosto devido às penas serem brandas e não assustarem. "Eles já estão se mostrando sem qualquer constrangimento. Por quê? Porque se você pegar as pessoas que são apenadas com julgamentos, essas pessoas que o crime maior que possa acontecer com contra alguém é o crime contra a vida. E quando se condena alguém com o crime contra a vida, são 12 anos, 14 anos, e com 4, ou 5 anos eles estão em liberdade novamente. Então é uma lei que termina não sendo motivo de impedimento, porque sabe que com três, quatro, cinco anos está de volta, às vezes para cometer os mesmos crimes. E às vezes continuam liderando o crime organizado de dentro da presídios", lamentou.

Para o parlamentar, não é somente com policiamento que as coisas mudarão. "É ilusão você achar que combate o crime organizado só com polícia. Quando você chama a polícia é porque tudo falhou. É a falta de moradia, é a falta de saneamento básico, é a falta de educação, é a falta de remédio, é a falta de cultura, é a falta de emprego. Tudo isso gera a essa violência. São políticas de segurança pública que fazem com que o crime não comece lá atrás. E isso os municípios são os maiores responsáveis pela execução dessas políticas públicas, os senhores prefeitos, que infelizmente não fazem", argumentou.

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