6 municípios do Ceará recebem projeto de agricultura familiar sustentável em parceria com Petrobras
Projeto "Floresta de Alimentos" prevê beneficiar três mil pessoas ao longo de três anos nos Estados de Ceará e Rio Grande do Norte
Será apresentado nesta quarta-feira, 26, o projeto Floresta de Alimentos. A iniciativa prevê a criação de corredores ecológicos, a proteção de nascentes de água, a captura de gás carbônico da atmosfera e contribuir para a segurança alimentar de pessoas e animais. Serão contempladas comunidades de municípios de Ceará e Rio Grande do Norte.
Municípios envolvidos no projeto no Ceará:
É + que streaming. É arte, cultura e história.
- Acaraú
- Fortaleza
- Itapipoca
- Paracuru
- Paraipaba
- Trairi
Municípios participantes no Rio Grande do Norte:
- Alto do Rodrigues
- Areia Branca
- Carnaubais
- Mossoró
- Natal
Floresta de Alimentos é uma parceria entre as organizações Diaconia e Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador e à Trabalhadora (Cetra) com a Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental.
O lançamento ocorre no Mercado Público de Carnaubais, no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira, 26, às 7h30min.
O projeto adota o conceito de agrosociobiodiversidade, que compreende preservação ambiental e conhecimentos dos povos tradicionais do sertão, como indígenas, quilombolas, pescadores, marisqueiros e famílias agricultoras.
Uma das estratégias adotadas pelos idealizadores do projeto são os SAFs: sistemas agroflorestais ou simplesmente Florestas de Alimentos. Essa forma de agricultura sustentável aumenta a produtividade dos solo e melhora a captação de água. Isso é possível com a proteção do solo, por meio do cultivo de árvores e plantas adubadeiras e nativas na mesma área de culturas tradicionais, como milho, feijão, arroz, frutas e hortaliças.
A coordenadora do projeto na Diaconia, Risoneide Lima, argumentou que a iniciativa vai contribuir socioeconomicamente para suas comunidades.
“Os sistemas agroflorestais e agroecologia, por meio do projeto Floresta de Alimentos, no Rio Grande do Norte, irão contribuir em diversos aspectos socioeconômicos e ambientais. Entre eles podemos citar a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e autonomia das famílias beneficiárias, a recuperação ambiental e a conservação do solo nas áreas onde serão desenvolvidas as ações com os sistemas agroflorestais”, aponta a coordenadora.
Risoneide Lima, indicou que o principal objetivo do Floresta de Alimentos é contribuir para a mitigação das mudanças climáticas no semiárido potiguar e cearense.
Além disso, a iniciativa busca “fortalecer as capacidades das comunidades e territórios tradicionais para a gestão sustentável dos seus agroecossistemas e para a convivência com o semiárido, consolidando a bioeconomia solidária como estratégia para a redução do desmatamento, da recuperação de áreas degradadas, da restauração florestal, do sequestro e estoque de carbono, da conservação dos mananciais hídricos e da proteção da agrosociobiodiversidade”, explica Risoneide.
O programa prevê ainda a implantação de tecnologias sociais, como o sistema de reaproveitamento da água da pia e do chuveiro para aguar plantas (RAC - Reúso de Águas Cinzas) e de fogões ecológicos, versão diferenciada do fogão à lenha tradicional com redução do madeira e da poluição por fumaça na cozinha.