Presidente do PSDB descarta fusão com PSD e MDB e anuncia união com Podemos e Solidariedade

Presidente do PSDB descarta fusão com PSD e MDB e anuncia união com Podemos e Solidariedade

As negociações com as legendas maiores foram abandonadas devido à oposição de uma ala do partido. Desde então as negociações com Podemos e Solidariedade avançaram rápido

O presidente do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo, confirmou que a legenda desistiu da fusão com o PSD ou o MDB, centrando esforços agora na união com partidos menores: Podemos e Solidariedade.

Após a recusa da uma ala da sigla em relação à incorporação com o PSD e MDB, as conversas por um acordo com o Podemos da deputada Renata Abreu (SP) esquentaram e ganharam forma. O objetivo é evitar a “extinção” da legenda tucana.

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"O partido caminha nesta direção, de fazer fusão com partidos menores, para mantermos nosso programa, nossa história. A direção é essa. É o que a base quer e vamos fazer", relatou Perillo ao jornal O Globo.

A fusão da sigla com o PSD ou MDB poderia resultar em equações regionais políticas difíceis de se resolver. No Ceará, Tasso Jereissati, que faz oposição ao Governo do Estado, compartilharia o mesmo partido com políticos da base de Elmano de Freitas (PT), como a vice-governadora Jade Romero (MDB), o ex-senador e atual deputado federal Eunício Oliveira (MDB), ou o deputado federal Domingos Neto (PSD).

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Em Minas Gerais, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco é o principal nome, e tem interesse no cargo de governador do estado, o que poderia gerar atritos com o grupo político do deputado federal Aécio Neves (PSDB).

As negociações com os dois partidos menores avançam rapidamente. Uma fusão do PSDB com o Podemos resultaria em uma bancada de 7 senadores e 28 deputados federais. Atualmente o PSDB tem 11 deputados, 3 senadores e 3 governadores.

Os partidos ainda desenham como será a união. O presidente do Solidariedade disse que a negociação entre eles avança para ser uma federação. Entretanto, é preciso que a atual federação do PSDB com o Cidadania seja desfeita antes do prazo de maio de 2026.

"Vamos pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o fim antecipado da federação do PSDB com o Cidadania para avançarmos com a nossa ainda neste ano. O caso está com o ministro André Mendonça, mas ele deve levar a plenário a decisão", disse Paulinho ao O Globo.

O PSDB vem tendo mau desempenho eleitoral desde a eleição de 2018, quando o então candidato a presidente Geraldo Alckmin obteve apenas 4,76% dos votos, diante do crescimento do bolsonarismo. Em 2022 o partido elegeu 13 deputados federais.

O PSDB aposta que as próximas eleições presidenciais permitam o lançamento de um candidato tucano que tenha um desempenho expressivo. Mesmo que não seja sagrado vencedor, uma porcentagem acima de 7% ou 10% poderia dar fôlego às pretensões do partido a voltar a titularidade do jogo político no Brasil.

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