PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 pessoas por trama golpista

PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 pessoas por trama golpista

Acusação foi finalizada e será apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 18

A Procuradoria-geral da República denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação da trama golpista que tinha o intuito de deixá-lo no poder após as eleições de 2022, quando foi derrotado por Lula (PT). A acusação foi finalizada e apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 18.

Em seguida, o caso será endereçado ao relator do processo no STF, o ministro Alexandre de Moraes, para depois ser apareciado pela Primeira Turma.

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Ao todo, a denúncia atingiu 34 pessoas, acusadas pela PGR de estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito.

As peças acusatórias baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens que revelam o esquema de ruptura da ordem democrática. E descrevem, de forma pormenorizada, a trama conspiratória armada e executada contra as instituições democráticas.

"A organização tinha como líderes o então presidente da República e o seu candidato a vice-presidente. Aliados a outras pessoas, dentre civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido", aponta texto divulgado pelo MPF.

Entenda

Após o resultado da eleição de 2022, marcada pela vitória do presidente de Lula, um esquema golpista estava supostamente sendo planejado para impedir a posse do petista. Bolsonaro seria um dos principais beneficiados.

A denúncia deve detalhar como o ex-presidente teria participado da articulação do ato golpista, com base no relatório produzido pela Polícia Federal (PF). A peça deve abalar o bolsonarismo, ao mesmo tempo em que o governo Lula tem sua aprovação em declínio.

A denúncia por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito é resultado de investigação da PF que culminou no indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas, entre elas o seu ajudante de ordens e ex-ministro da Defesa, o general Braga Netto.

Braga Netto está preso há quase dois meses no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, por suspeita de participação na trama de golpe. Após conclusão do inquérito, a PF encaminhou ao STF o documento com mais de 800 páginas.

Em novembro de 2024, a Corte encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) o relatório da PF. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo em que corria a investigação.

A denúncia contra Jair Bolsonaro ocorre, ainda, em meio a tentativas de parlamentares aliados do ex-presidente em emplacar projetos de anistia para golpistas do 8 de janeiro no Congresso Nacional, atos rebeldes que tem vinculação com a trama golpista de 2022, conforme apuração da PF.

Punhal Verde e Amarelo

A trama golpista de 2022, intitulada de “Punhal Verde e Amarelo” previa, além de impedir a posse de Lula, o seu assassinato do hoje presidente, bem como a morte do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Segundo a investigação da PF, Bolsonaro teve “plena consciência” e “participação ativa” na tentativa de golpe. A operação contra o Estado Democrático de Direito teria sido abortada de última hora pela falta de apoio institucional do alto comando do Exército.

Atualizada às 21h02

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