Oposição faz reunião sem os líderes e tenta se unificar, mas PL e PDT reivindicam comandar

Oposição faz reunião sem os líderes e tenta se unificar, mas PL e PDT reivindicam comandar

Bloco antipetista faz reunião sem a participação de André Ferrnandes, Capitão Wagner e Roberto Cláudio. Objetivo é articular frente para 2026, mas deputado do PL disse que partido terá candidato a governador e dois candidatos a senador. Já o presidente do PDT afirmou que partido não irá apoiar direita, mas pode receber apoio dela

Os deputados estaduais da oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) se reuniram na manhã desta terça-feira, 18, no gabinete do deputado Antônio Henrique (PDT). Inicialmente, estavam previstas as presenças de André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT), mas, por conflitos de agendas, o momentoo com a participação dos principais líderes foi adiado.

Estavam presentes os deputados estaduais do PDT, Antônio Henrique, Cláudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho; do União Brasil, Felipe Mota e Sargento Reginaurio; pelo PL estava Dra. Silvana pelo PL.

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Além de André Fernandes não ter ido, o pai dele, deputado estadual Alcides Fernandes, também não compareceu e apontou problema de agenda. Apesar disso, ele esteve na sessão em plenário na mesma manhã. Na semana passada, Alcides também não estava quando a oposição se encontrou para foto na própria Assembleia.

Presidente do PL no Ceará, o deputado Carmelo Neto foi outro a não comparecer e apontou motivos de saúde.

Candidatura em 2026 

As conversas na oposição têm objetivo de articular uma frente única para 2026, mas não é simples conciliar ambições. O bloco considera André Fernandes como principal líder dessa ala hoje no Ceará, após o resultado eleitoral de 2024 em Fortaleza. Há reconhecimento de que ele tem direito de definir e orientar no processo.

"A gente entende que hoje o maior nome da oposição da política cearense é o André Fernandes. É a maior liderança, ele tem o direito de definir e orientar para que a gente possa, no momento oportuno, definir os nomes. Mas a gente sabe que o André é uma pessoa do diálogo e a gente sabe que o PL tem grandes nomes, como a vereadora Priscila Costa, o vereador Julierme Sena, que claro que todos pleiteiam cargos para que possa, no momento oportuno, se lançar em 2026", disse o vice-líder do PDT na Assembleia, Lucinildo Frota.

O pedetista considera haver muito tempo para construir os diálogos em torno de quem deverá ser o candidato.

Porém, André Fernandes demonstra já ter em mente a ocupação dos principais espaços pelo próprio partido.

Ao jornalista Carlos Mazza, da coluna Vertical, Fernandes disse que o plano do PL é lançar candidato a governador e às duas vagas de senador, sem aceno a União Brasil e PDT, que o apoiaram — no todo ou em parte — no segundo turno de 2024 na Capital.

O próprio Fernandes, pelas regras em vigor, não pode concorrer nem a governador (idade mínima de 30 anos) nem a Senador (35 anos). Ele terá 28 anos em 2026. Existe proposta de emenda à Constituição, subscrita com ele, para alterar a norma. Mas, ele ainda cita os vereadores Priscila Costa, Marcelo Mendes (PL) e Julierme Sena (PL) como opções.

Já Roberto Cláudio e Capitão Wagner evitam adiantar o debate. Na semana passada, Wagner afirmou: "A primeira coisa é colocar de lado qualquer interesse pessoal, seja meu, do André, do Roberto ou de qualquer liderança. Se tivermos convencimento de que a chapa única é o melhor caminho, podemos viabilizar, com tempo de TV, estrutura partidária e que fará frente ao grupo no poder".

O ex-prefeito defendeu na ocasião: "Uma união desprendida de interesses e projetos pessoais que possa só defender o Ceará de uma hegemonia arrogante e incompetente".

Porém, na sexta-feira passada, 14, o presidente nacional licenciado do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, descartou possibilidade de apoio do partido a candidatos de direita. No entanto, admite que partidos de direita possam apoiar um candidato do PDT.

Articulações da oposição

O café da manhã da bancada oposicionista na Assembleia é o primeiro de uma série que se pretende realizar semanalmente, cada dia no gabinete de um parlamentar. Os encontros servirão para combinar a atuação na Assembleia e formular estratégias para as eleições de 2026.

De acordo com Cláudio Pinho, novo líder do PDT, os deputados chegaram à conclusão de que seria melhor realizar este primeiro encontro sem convidados externos, para evitar interpretações erradas.

"O café é da bancada e esporadicamente virá algum convidado e nós chegamos à conclusão de que neste momento talvez não seja bom ter essas visitas. Podem ser interpretadas, causar algum ciúme. Em política é tudo cedo ainda. Mais importante é que está na consciência dos parlamentares a questão da unidade e acredito que tanto o campo do PDT mais de centro, centro-esquerda, mas o que está para todos nós é algo que se contrapõe e apresentar projetos para que a população possa ter um sentimento de voltar a sonhar", contou.

"Não tenho dúvidas que as bancadas estão todas unidas e os partidos irão marchar juntos apresentando um projeto para o Ceará em 2026", completou.

O vice-líder Lucinildo Frota explicou que não houve confirmação da presença por parte de André, Roberto Cláudio e Wagner. O senador Eduardo Girão (Novo) questionou a possibilidade de a reunião ser na segunda-feira, uma vez que os parlamentares federais devem estar em Brasília de terça a quinta-feira.

"De fato foi convidado, houve um choque de agenda do André, do Roberto Cláudio e do Wagner, mas posteriormente vai ser confirmado sim esse café da manhã com eles", disse Lucinildo.

Além do convite para o café semanal com líderes políticos, os deputados planejam chamar representantes fora de partidos, mandatos e cargos, como pessoas de áreas técnicas, empresários do agronegócio, economistas, profissionais da segurança pública e saúde.

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