Discurso nacionalizado anti-PT chega também à Câmara de Fortaleza
Assim como nas Casas Legislativas federais, mobilização da oposição contra o Partido dos Trabalhadores tem se mostrado bastante ruidosa
Com o Partido dos Trabalhadores (PT) à frente da Prefeitura de Fortaleza, do Governo do Estado e do Governo Federal, seria natural que parlamentares oposicionistas focassem as críticas à sigla. No entanto, mesmo na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) o discurso antipetista, que é constante, repercute temáticas nacionais.
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Desde o início do ano legislativo, a bancada de oposição tem focado em assuntos muito mais ligados à União do que à capital cearense, que costuma ser o foco maior na Câmara. Preço do café, alta nos combustíveis e falas do presidente Lula estão entre os assuntos mais discutidos até agora nos discursos de parlamentares da oposição, especialmente das vereadoras Bella Carmelo (PL) e Priscila Costa (PL) e do vereador Jorge Pinheiro (PSDB).
Os parlamentares se revezam nas diversas possibilidades que têm para usar o microfone, expediente, pinga fogo, explicações pessoais ou tempos de liderança, sempre concedendo apartes aos aliados para corroborarem com as críticas.
Por vezes, a discussão é puxada a partir de alguma discordância com algo local, como em relação à moção de congratulações ao petista Waldemir Catanho, ou reclamação sobre pedido de sessão solene em homenagem a Paulo Freire.
Entre os parlamentares da base aliada, especialmente os filiados ao Partido dos Trabalhadores, paira sempre a dúvida entre usar seus tempos para rebater as críticas dos colegas, dando relevância aos discursos proferidos, ou simplesmente ignorá-los, perigando deixar sem resposta acusações feitas ao microfone.
Em meio ao foco na pauta nacional, as questões mais locais seguem escanteadas, em parte porque os apoiadores do antecessor José Sarto (PDT) se dividiram entre aderir à base governista ou compor com a oposição bolsonarista, em parte por o governo Evandro estar ainda nos primeiros dias.