Evandro sobre Lula: "Quando o trem está descarrilhando tem que colocar de volta nos trilhos"
Prefeito de Fortaleza reconheceu que números apontam para insatisfação com as entregas feitas até então, mas projetou que o governo Lula vai reverter o quadro na metade final do mandato
O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), avaliou o atual cenário da administração federal, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo as pesquisas mais recentes sinalizaram, teve a desaprovação superando a aprovação pela primeira vez desde o início do terceiro mandato presidencial do petista. Evandro sinalizou que é preciso aparar arestas e reconheceu que a maioria da população não está satisfeita, mas ressaltou a experiência de Lula como gestor para reverter o quadro.
"Todo e qualquer processo da vida, quando o trem está descarrilhando você tem que colocar de volta nos trilhos. É natural e normal, no processo político, no processo de uma gestão, haver o desgaste. O que não podemos é ficar dentro de uma espiral sem ouvir a população, sem ouvir a massa", disse Evandro em entrevista ao O POVO, durante visita institucional na última terça-feira, 4.
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O prefeito destacou a importância de saber ler os números para tomar decisões. "Uma pesquisa é extremamente importante, sobretudo a qualitativa, para que possa nortear as ações de um gestor. Quando defini de que nos primeiros 100 dias trabalharia a questão da saúde e da limpeza urbana não foi à toa. Trabalhamos em cima de pesquisas", pontuou.
Foi então que ressaltou a trajetória de Lula como gestor. "Tenho absoluta certeza de que o presidente Lula, como uma pessoa madura, experiente, que já tem uma boa estrada na vida e na politica, está fazendo isso baseado em números, dados e informações. O que temos acompanhado pela imprensa é de que ele provavelmente fará uma reforma ministerial, e isso é baseado em dados", disse.
Leitão destacou também as entregas como parte importante da avaliação de governo e reconheceu que os levantamentos apontam para uma insatisfação popular quanto ao que foi entregue até então. "A população na sua maioria não está satisfeita com as entregas que estão sendo feitas até então. Mas tenho absoluta convicção que com a capacidade de diálogo, a competência que ele tem, como um grande estadista que é, ele vai, após a reforma fazer as entregas".
O gestor de Fortaleza citou também o momento e a forma com a qual Lula recebeu o País, após quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Até porque ele recebeu um país não muito ajustado, mas precisamente desequilibrado. Esses dois anos iniciais foram para fazer ajustes, ajustes na máquina e nas mais diversas áreas. Agora, nesses dois últimos anos ele terá que fazer as entregas que se comprometeu lá atrás".
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