Elmano vai liderar formação de chapa para a reeleição, mas projeta discussão apenas em 2026
Governador reforçou que só discutirá a eleição de 2026 no ano que vem. "Na política, é bom tomar a decisão certa na hora certa. Uma decisão certa tomada na hora errada, às vezes se torna errada", disse o petista
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), comentou o andamento dos diálogos sobre a construção das chapas majoritária e proporcional para 2026 e reforçou que não é momento de discutir o tema. O petista sinalizou que a antecipação geraria conflitos na base aliada, mas reconheceu que participará ativamente das decisões e que chamará as lideranças para conversar no momento adequado.
"Como governador, para liderar o projeto, eu preciso atuar diretamente para tomar a decisões. Inclusive a formação de chapas. São as missões do cargo que você ocupa. O governador, no processo de reeleição, tem que participar da decisão da sua reeleição e da chapa com quem vai concorrer em 2026".
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Elmano citou a disputa pelo Senado, que conta com diversos postulantes no arco de alianças do governo, e na formação de chapas de deputado federal, que tem interesses amplos e diversos dos partidos políticos. As falas ocorreram durante café da manhã com jornalistas, nesta quinta-feira, 30, no Palácio da Abolição.
"Veja, eu tenho nomes para o Senado, se eu fosse discutir Senado agora a única coisa que eu iria conseguir era conflito entre nossas forças. A decisão não vai ser tomada agora, não tem sentido tomar a decisão agora. Para que fazer a discussão de uma decisão que não será tomada agora, sabendo que ela só gera conflito na base aliada. É razoável que deixemos para fazer isso no momento adequado", disse.
Elmano reforçou a importância de tomar ações no momento mais apropriado - no timing certo -. "Na política, é bom tomar a decisão certa na hora certa. Uma decisão certa tomada na hora errada, às vezes se torna errada. Para o nosso projeto no Ceará, deixamos muito claro que não nos interessa discutir a eleição de 2026, no ano de 2025", ressaltou.
A base governista no Ceará é composta por partidos como PSB, PSD, PP, MDB, Republicanos, Federação PT/PV/PCdoB e Solidariedade e Podemos. Entre os líderes políticos das siglas estão o senador Cid Gomes (PSB); o deputado federal e ex-senador Eunício Oliveira (MDB), o ex-vice-governador Domingos Filho (PSD); o ex-senador Chiquinho Feitosa (Republicanos) e outros atores políticos.
O governador reconheceu que há discussões pontuais, mas sobre cenários políticos. "Evidentemente que nos bastidores, vamos conversando sobre os fatos, mas primeiro a nossa chapa, que teremos em 2026, terá uma força a depender do resultado das políticas que vamos entregar até lá. As condições da chapa ganhar ou perder dependem da avaliação que a população fará de nós".
Foi então que incluiu nas discussões o interesse dos partidos políticos nas chapas de deputados, sobretudo federais, devido a critérios de regras eleitorais se basearem no número de deputados.
"Também temos conflito no que diz respeito a montagem de chapa para deputado federal, deputado estadual, cada partido quer fazer um numero maior de deputados, isso gera disputa de áreas, os partidos tem interesse de fazer grande número de deputados federais, porque grande parte das regras eleitorais têm como critério o número de federais", concluiu.