Justiça condena 8 pessoas por plano do PCC contra Moro, que cobra revelação de mandante

O ex-juiz da Lava Jato publicou um trecho da sentença em uma rede social, comemorou o resultado, mas sem deixar de cobrar que se chegue ao mandante

A Justiça Federal no Paraná condenou na última terça-feira, 21, oito pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro relativas ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-juiz federal na Lava Jato.

A juíza federal substituta Sandra Regina Soares assina a sentença, no âmbito de uma ação penal ligada à Operação Sequaz, deflagrada em março de 2023 pela Polícia Federal (PF).

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Cobrança

O ex-juiz da Lava Jato publicou um trecho da sentença em uma rede social. Além de agradecer às autoridades envolvidas na operação, Moro fez cobrança: "Falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo".

"Solicitarei providências nesse sentido ao ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado", acrescentou.

A investigação teve início com base em depoimento de um ex-integrante do PCC, que se transformou em testemunha protegida da Justiça de São Paulo. Foi ele quem relatou o plano de sequestro de Sergio Moro, posteriormente levado para os investigadores da PF.

Sem provas, Lula sugeriu armação

Em 2023, uma operação da PF cumpriu mandados de prisão para desarticular o plano da facção criminosa contra autoridades, incluindo Moro.

Na época, Lula deu declarações sugerindo que poderia ser uma "armação" de Moro, mesmo após integrantes do próprio governo petista terem exaltado a operação feita pela PF, que é ligada ao Ministério da Justiça.

"Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro", disse o presidente.

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