Secretários que vieram do Parlamento podem não ser atingidos por corte salarial

A redução de 20% nos salários do prefeito Evandro Leitão (PT), da vice-prefeita Gabriella Aguiar (PSD), e dos secretários municipais pode não alcançar todos os integrantes da gestão. Isso porque secretários que têm mandato parlamentar, como deputados e vereadores, podem optar por receber o valor dos vencimentos dos respectivos cargos para os quais foram eleitos.

A informação foi confirmada pela secretária do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Carolina Monteiro, durante evento da Prefeitura que anunciou medidas de contenção orçamentária, realizado nesta quarta-feira, 15, no Paço Municipal.

“Está na excepcionalidade. A redução só vai alcançar os secretários que optem pela remuneração (de secretário), que é a maioria deles na verdade. Então vai alcançar aqueles que optem pela remuneração como titular da respectiva secretaria”, explicou a titular da Sepog.

Em tese, ao menos sete secretários - que foram eleitos como deputados ou vereadores -, podem optar por receber os valores dos seus respectivos cargos nos Legislativos.

1. Eudes Bringel (PSD) - chefe de gabinete de Evandro e vereador eleito de Fortaleza
2. Idilvan Alencar (PDT) - secretário da Educação e deputado federal
3. Julio Brizzi (PT) - secretário da Juventude e vereador eleito de Fortaleza;
4. Apollo Vicz (PSD) - secretário da Proteção Animal e vereador eleito de Fortaleza;
5. Osmar Baquit - secretário da Regional 4 e deputado estadual;
6. Bá (PSB) - secretária da Regional 8 e vereadora eleita de Fortaleza;
7. Márcio Martins (União Brasil) - secretário da Regional 10 e vereador eleito de Fortaleza.

Dados do portal da transparência da Prefeitura de Fortaleza mostram que, atualmente, o salário do prefeito pode chegar a R$ 28,6 mil em valores brutos. Já o salário do vice chega a R$ 25,7 mil no bruto; enquanto o valor bruto do salário de secretários chega a R$ 22,3 mil.

A redução foi anunciada pelo prefeito junto de uma série de medidas de contenção orçamentária para a nova gestão, visando o equilíbrio das contas da Prefeitura de Fortaleza, e que deverão estar em vigor até 30 de junho de 2025, sendo depois reavaliadas.

Segundo Leitão, as medidas devem gerar uma economia anual na faixa de R$ 500 milhões. Dentre as medidas, está a redução de quase 30% nos gastos com servidores terceirizados e comissionados.