DCE da UFC diz ser alvo de processo de André Fernandes por propaganda irregular

De acordo com publicação da entidade, o deputado federal alega que postagens foram feitas para prejudicá-lo durante as eleições de 2024

10:43 | Jan. 13, 2025

Por: Guilherme Gonsalves
O deputado federal André Fernandes (PL) (foto: Samuel Setubal/O POVO)

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Ceará (UFC) afirmou que o deputado federal André Fernandes (PL) entrou com processo contra a entidade com a acusação de a entidade ter veiculado propagandas eleitorais irregulares e com a intenção de prejudicá-lo na campanha para Prefeitura de Fortaleza, em 2024. O então candidato foi ao segundo turno e foi derrotado por Evandro Leitão (PT).

Em nota publicada na sexta-feira, 10, é dito que o parlamentar pediu a remoção do conteúdo, entrou com um requerimento para que o DCE fosse proibido de fazer novas publicações sobre as eleições e solicitou o pagamento de uma multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

A entidade também afirmou na nota que um membro do Centro Acadêmico XII de Maio foi processado por um professor de Medicina, após receber um uma avaliação crítica dos alunos em reunião de departamento. O docente solicita indenização de R$ 28 mil.

Em postagem na redes sociais, o DCE da Universidade Federal do Ceará convoca um ato intitulado "Ato Estudantil Contra o Autoritarismo e Assédio Jurídico", no pátio do Centro Acadêmico de Medicina (Famed), para a segunda-feira, 13, às 12h30.

O POVO procurou o deputado federal André Fernandes por meio de sua assessoria e contato direto para ouvi-lo sobre o caso. O material será atualizado quando houver retorno.

Confira a nota do DCE da UFC

O DCE da UFC é processado por André Fernandes e membro do Centro Acadêmico XII é processado por professor da FAMED

O candidato da extrema-direita, André Fernandes, acusa o DCE da UFC de veicular propaganda eleitoral irregular, alegando que a entidade realizou publicação com intuito de prejudicar o candidato e causar desequilíbrio na disputa eleitoral.

Nesse sentido, além de solicitar a remoção do conteúdo, André requereu ainda que a representação estudantil fosse proibida de realizar novas publicações referentes às eleições, em uma clara tentativa de censurar os estudantes, bem como pediu a condenação desta instituição ao pagamento de multa diária de R$ 5.000 para cada nova veiculação e/ou dia de descumprimento, buscando onerar e desmobilizar a luta dos estudantes.

Além dessa situação, como já veiculamos, um membro do CA de Medicina está sendo processado após levar um Feedback crítico dos alunos a uma reunião de departamento. No caso, o docente pede idenização de 28 mil reais.

Por isso, convocamos todes a se mobilizarem contra às tentativas de silenciamento dos estudantes.