Deputados pedetistas ligados a Cid devem se filiar ao PSB em 3 de fevereiro

Grupo de 14 deputados pedetistas travou batalha judicial para deixar o partido sem perder os mandatos

O deputado estadual e novo secretário da Regional 4 de Fortaleza, Osmar Baquit (PDT), informou que ele e parte dos colegas pedetistas ligados ao grupo do senador Cid Gomes (PSB) devem se filiar ao PSB no dia 3 de fevereiro. A data está pré-agendada e depende de comunhão de agendas dos deputados.

"Vou para o PSB, está definido. A filiação deverá ser no dia 3 de fevereiro. Estou conversando com o senador Cid. O evento deve ocorrer na segunda-feira, acho que eu e outros (deputados) vamos nos filiar nesta data. Está sendo consultado, mas eu já disse que estava ok para o dia 3", declarou em coletiva durante a primeira reunião de secretariado do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT).

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Questionado sobre se os demais deputados que estão de saída do PDT devem migrar juntamente nesta data, Baquit disse acreditar que o ato de filiação ocorrerá de forma conjunta. "Eu iriei, se estiver realmente confirmado o dia 3, que está pré-agendado, eu irei. Os outros, não posso falar por eles, mas acredito que a grande maioria ou quase todos eles irão", concluiu.

Entre efetivos e suplentes, pedem a desfiliação os deputados: Bruno Pedrosa, Osmar Baquit, Guilherme Bismarck, Guilherme Landim, Helaine Coelho, Salmito Filho, Jeová Mota, Sérgio Aguiar, Lia Freitas, Marcos Sobreira, Oriel Nunes, Antonio Granja e Romeu Aldigueri.

Eles são ligados a Cid Gomes e fazem parte da base governista no Estado. Outro nome que conseguiu se desfiliar foi Evandro Leitão, hoje prefeito de Fortaleza e filiado ao PT.

Disputa na Justiça

A migração de parlamentares do PDT para o PSB é resultado de um racha na sigla trabalhista com origem no processo eleitoral de 2022, no contexto da escolha do nome do partido que disputaria a eleição para o Governo do Estado. A disputa botou em lados opostos os irmãos Ciro e Cid Gomes.

O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), nome defendido por Ciro Gomes (PDT), foi o escolhido em disputa interna contra a então governadora Izolda Cela, à época no PDT e hoje filiada ao PSB, que tinha o apoio do senador Cid Gomes (PSB), do ex-governador Camilo Santana (PT) e de outros quadros petistas e aliados. 

A escolha da maioria do diretório do PDT pela candidatura de Roberto Cláudio gerou um racha na aliança com o PT, que acabou lançando o então deputado Elmano de Freitas (PT) como candidato próprio. Elmano contou com apoio, nos bastidores, inclusive de nomes do PDT ligados a Cid. RC acabou a eleição como o terceiro mais votado e Elmano venceu no 1º turno.

Posteriormente, pedetistas mais próximos a Cid Gomes receberam carta de anuência assinada pelo senador, que ocupava temporariamente a presidência do PDT Ceará. Em tese, com essa anuência, eles poderiam deixar o partido sem perder os respectivos mandatos na Assembleia Legislativa do Ceará e na Câmara dos Deputados.

O diretório nacional do PDT contestou na Justiça a legitimidade da anuência assinada por Cid, alegando que caberia à instância Nacional deliberar sobre a questão e alegando que os mandatos são do partido e que os parlamentares não poderiam mudar de sigla antes do período permitido pela janela partidária.

Após meses de batalha judicial, a saída dos deputados foi autorizada pela Justiça sem risco de perda de mandatos.

Em novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou mais um recurso do PDT Nacional e liberou os deputados estaduais aliados do senador Cid Gomes a se filiarem a outros partidos. O destino da maioria deverá ser o PSB. Parlamentares celebraram o que chamaram de "carta de alforria".

O pleno do TSE manteve o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) que autorizou deputados estaduais a deixarem o partido sem prejuízos. O TSE negou o recurso do PDT Nacional que era contra a decisão do TRE-CE a favor da desfiliação de 14 deputados estaduais do partido.

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