Deputado Júnior Mano explica troca do PL pelo PSB e critica radicalismos na política
Deputado cearense filiou-se ao PSB, após ser expulso do PL em meados de outubro por apoiar candidato do PTEm tempos de polarização da política brasileira, chamou a atenção essa semana o movimento feito pelo deputado federal cearense Júnior Mano, que foi anunciado como novo integrante do PSB. Isto porque o partido anterior do parlamentar era o PL, partido onde está o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma sigla de direita, enquanto o PSB é conhecido por uma ideologia mais à esquerda.
"Quando entrei no PL, o partido não tinha ideologia de extrema-direita, inclusive era um partido de Centro. E meu mandato sempre foi do diálogo, tanto com a direita como com a esquerda", disse o parlamentar ao O POVO.
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O parlamentar foi expulso do PL a pedido de Jair Bolsonaro, após apoiar Evandro Leitão (PT) nas eleições municipais em Fortaleza.
Júnior Mano aproveitou para criticar radicalismos por parte da classe política brasileira. "O Brasil precisa de representantes que pensem no bem da população. Não entrando no campo da polarização ou radicalismo", concluiu.
Apoio e expulsão
No dia 17 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno as eleições municipais, Júnior Mano participou de ato com 41 prefeitos eleitos no Ceará, em apoio à candidatura de Evandro Leitão (PT), em Fortaleza. No encontro estavam o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o governador Elmano de Freitas (PT), o prefeito de Aquiraz, Bruno Gonçalves (PRD), e o então prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (sem partido).
No dia seguinte, o deputado federal informou que foi expulso do PL, partido que disputava o segundo turno contra Leitão, com André Fernandes. De acordo com Júnior Mano, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou para o presidente estadual da sigla no Ceará, deputado estadual Carmelo Neto, e exigiu a expulsão do PL.
O deputado explicou na época que decidiu apoiar a candidatura de Evandro Leitão por acreditar que ele representa "o melhor por Fortaleza". O deputado federal afirmou que votou em Bolsonaro em 2022, mas ponderou que "quando o bolsonarismo é contrariado, sempre é tratado como forma de ingratidão". Segundo ele, ao apoiar Evandro, "expôs seu pensamentos e decidi o que é o melhor para a Capital e virei vítima de perseguição!".