Quem é a mulher que levou coroa de flores para Lula e foi presa por injúria racial

Idosa de 77 anos é filha de general do Exército e recebe pensão desde 2009

15:11 | Dez. 20, 2024

Por: Marcelo Bloc
Maria Cristina em ato ocorrido em 2020 (foto: Reprodução/Redes Sociais)

Maria Cristina de Lurdes Rocha foi presa, na última quarta-feira, 18, por injúria racial após chamar um agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de “macaco”, enquanto tentava deixar uma coroa de flores na frente da casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo. Mas quem é Maria Cristina?

Aos 77 anos, ela já foi detida anteriormente e não foi a primeira vez que apareceu envolvida em atos violentos. Maria Cristina é filha de Virgilio da Silva Rocha, general do Exército, recebendo desde 2009 uma pensão de R$ 14.590,56.

Taco de beisebol e espumante

Em 2020, a idosa já havia sido detida ao participar de um protesto carregando um taco de beisebol escrito "Rivotril". Neste mesmo dia, precisou ser retirada pela Polícia Militar para não ser agredida por integrantes de torcidas organizadas que estavam protestando pela preservação da democracia. Dois anos antes, em 2018, comemorou com uma garrafa de espumante a prisão de Lula, em frente à Superintendência da Polícia Federal.

Nas redes sociais, Maria Cristina se diz parte de um movimento bolsonarista, utilizando-se para expressar posicionamentos radicais. Possui postagens ao lado de parlamentares bolsonaristas como Carla Zambelli(PL),Fernando Holiday(PL) e Kim Kataguiri(União Brasil). Em entrevistas ou mesmo em bate-boca com manifestantes e profissionais de imprensa, Maria costuma gabar-se de ser amiga do general Villas Bôas, figura ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A suposta amizade foi inclusive utilizada para tentar evitar a prisão desta semana.

Suas postagens incluem também apoio à invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

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