Braga Netto preso: PF aponta por que general foi alvo de operação
O ex-ministro teria tentando obter informações sigilosas da delação de Mauro Cid à PF. O general foi preso na manhã deste sábado, 14Preso na manhã deste sábado, 14, o general Walter Braga Netto tentou obter informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do Governo Bolsonaro. A informação é da Polícia Federal (PF).
Durante o Governo Bolsonaro (2019-2022), Braga Neto atuou como ministro da Defesa. Ele também foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
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Em breve nota divulgada na manhã deste sábado, a Polícia Federal informou apenas que o ex-ministro estava “atrapalhando a livre produção de provas” sobre a tentativa de golpe de Estado. De acordo com fontes da própria PF, esse teria sido o ponto-chave para que a prisão do militar fosse decretada.
Entorno de Bolsonaro tenta obter detalhes de delação de Cid
Na última semana, o general Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, prestou depoimento à Polícia Federal. Ele foi questionado sobre o fato de pessoas do entorno de Bolsonaro estarem tentando obter detalhes sobre a delação premiada do filho. Ele, porém, negou ter vazado informações sobre o acordo.
Em relatório, a PF revela que em cima da mesa de um assessor de Braga Neto na sede do PL foi encontrado um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid.
“O contexto do documento é grave e revela que, possivelmente, foram feitas perguntas a Mauro Cid sobre o conteúdo do acordo de colaboração realizado por este em sede policial, as quais foram respondidas pelo próprio, em vermelho”, afirma o relatório.
No final de novembro Mauro Cid foi ouvido novamente pela Polícia Federal. No novo depoimento, informações sobre a participação de Braga Neto na trama golpista teria sido essencial para a manutenção da delação de Mauro Cid e para a prisão de Braga Neto.