Ronaldo Caiado é condenado a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político
Prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, apoiado por Ronaldo Caiado no pleito deste ano, tem registro cassado pela Justiça EleitoralA Justiça Eleitoral de Goiás condenou o governador do Estado, Ronaldo Caiado (União), por abuso de poder político nesta quarta-feira, 11. O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União), que recebeu apoio de Caiado no pleito deste ano, teve o registro cassado. Decisão também determina que eles fiquem inelegíveis por oito anos.
Em condenação da Justiça, a vice-prefeita eleita de Goiânia, Cláudia Lira (Avante), também foi condenada. A inelegibilidade dos políticos foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), após Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) protocolada por Fred Rodrigues (PL), então candidato de oposição a Sandro Mabel. A decisão é de primeira instância e cabe recurso.
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As investigações apontaram abuso de poder político por parte dos acusados, no ato de usar o Palácio das Esmeraldas, sede do governo Executivo, para organizar eventos de apoio à candidatura da chapa de Sandro e Cláudia, após o 1° turno das eleições municipais de 2024.
O uso do espaço configura utilização indevida de bens públicos, conforme magistrada que julgou o caso. Ronaldo Caiado e Sandro Mabel ainda podem recorrer no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-CE) por uma decisão colegiada. Também há a possibilidade de buscar o Tribunal Superior Eleitoral, posteriormente.
Como ainda cabem recursos sobre a decisão, eles podem tomar posse no dia 1° de janeiro, uma vez que a perda de mandato só ocorre após trânsito em julgado do processo.
Os condenados devem pagar multa
A sentença, emitida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, determinou, além da inelegibilidade por oito anos, a cassação do registro de Mabel e multas aos envolvidos.
Além da inelegibilidade, as penas incluem multas de R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5.320,50 para Cláudia Lira. A defesa dos acusados ainda não se manifestou sobre os próximos passos após a decisão. Enquanto isso, o processo segue para análise do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e pode chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com informações da Agência Estado
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