Onélia Santana será a indicada para vaga no TCE: "É o nome técnico", diz líder

A secretária da Proteção Social do Ceará, Onélia Santana (PT), será indicada para vaga de conselheira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ela é esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

A vaga é vitalícia e está aberta desde a morte do conselheiro Alexandre Figueiredo, que faleceu no último 16 de junho, aos 66 anos de idade. Alexandre pertencia à Corte do Tribunal desde 1995 e atuou no órgão por 29 anos.

O deputado estadual De Assis Diniz (PT) defendeu as qualificações de Onélia. "É um nome técnico, preparado, com conhecimento, com habilidade. Por onde passou, brilhou, por onde passou, fez entregas. Agora, no seu papel de fiscalizar com as competências e com as habilidades, vai fazer com que a gente tenha esse senso de responsabilidade de colocar a pessoa certa no lugar certo", disse. 

Ainda conforme o deputado, que é líder do bloco petista na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Onélia será uma “boa representação” e significa avanço na "ocupação dos espaços por mulheres".

A indicação da ex-primeira-dama do Ceará vinha sendo tratado nos bastidores para assumir a função. Questionada no início de novembro sobre a possibilidade, Onélia chamou de “especulações” a indicação para o cargo de conselheira do TCE e disse que não responderia perguntas sobre o assunto.

Aldigueri disse que Onélia é “grande nome” para ocupar a vaga

O presidente eleito da Assembleia para o biênio 2025-2025, Romeu Aldigueri (PDT), afirmou que na semana passada que a secretária é um “grande nome” para a função, mas informou, à época, que ainda não tinha conversado com o governador sobre o assunto.

"Eu não sei (se Onélia será indicada). Eu não tratei isso com o governador, mas é um grande nome. Pessoa tarimbada, faz um trabalho extraordinário reconhecido hoje na América Latina toda em relação ao programa Primeira Infância. Mas eu não tratei isso com ele", disse o deputado.

Outros nomes já circularam nos bastidores

Logo após a vaga ficar em aberto, alguns nomes foram pleiteados para assumir o cargo, mas nenhum foi confirmado. Conforme trouxe a coluna de Carlos Mazza, do O POVO, entre os deputados, o nome favorito na época era o de Osmar Baquit (PDT).

Outros nomes também entraram na lista das especulações, como o do deputado Júlio César Filho, conhecido como Julinho (PT), o de João Jaime (Progressistas) e o do ex-deputado Nelson Martins. Até mesmo o da deputada federal Luizianne Lins (PT) foi citado, mas de acordo com a Coluna, foi minimizado por parte dos deputados estaduais.

O que faz o TCE

O órgão tem como função fiscalizar os recursos estaduais e municipais, atuando na verificação de gastos e também acompanhando se os recursos financeiros estão sendo aplicados de forma correta, a fim de evitar episódios de corrupção nas contas públicas. A vaga é vitalícia.

Para ocupar o cargo de conselheiro, segundo a Constituição Estadual, a Alece pode indicar quatro e o governador três, sujeita à aprovação dos parlamentares, e uma vaga a partir do Executivo, de forma livre.

De acordo com a tradição política no Estado, a indicação para a função de conselheiro deveria ser de um dos membros da Casa.

Com informações de Guilherme Gonsalves