Bolsonarista cearense investigado pelo 8/1 fugiu da Argentina rumo aos EUA

Romário Garcia Rodrigues se orgulha de ter sido, segundo ele, o "primeiro gay nordestino a tomar café da manhã" com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O cearense é réu em ação penal por incitação aos ataques de 8/1

O cearense Romário Garcia Rodrigues, de 34 anos, é um dos investigados e condenados pelos ataques aos Três Poderes de 8 de janeiro que fugiram da Argentina, passaram pelo Chile, Peru, e chegaram à Colômbia nos últimos dias. O grupo estava foragido na Argentina antes de migrar para os outros países e a rota tem como destino os Estados Unidos. Nas redes sociais, Romário se orgulha de ter sido, segundo ele, o “primeiro gay nordestino a tomar café da manhã" com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Mais de 30 foragidos deixaram a Argentina, após o Supremo Tribunal Federal (STF) pedir a extradição dos brasileiros. Antes, eles haviam sido presos pelos crimes cometidos no 8/1, segundo fontes relataram à reportagem do Uol.

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De acordo com o STF, Romário Garcia Rodrigues foi um dos mais de 1.400 presos em flagrante por envolvimento nos ataques de 8 de janeiro.

Ele integra parte do grupo de fugitivos que deixou a Argentina, percorreu o Peru e já alcançou a Colômbia. O cearense saiu da capital da Argentina, Buenos Aires, entre os dias 17 e 18 de novembro, em fuga para o Chile. 

O militante bolsonarista de Fortaleza é acusado dos crimes de “atos terroristas, inclusive preparatórios”, “associação criminosa”, “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, “golpe de Estado”, “ameaça”, “perseguição” e “incitação ao crime”.

Em 2023, Romário ficou preso por cerca de dois meses, até ser solto a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes.

No Brasil, ele quebrou a tornozeleira e fugiu para a Argentina em novembro deste ano com um grupo de militantes bolsonaristas. Eles seguiram pelo deserto do Atacama, no Chile, e chegaram a Santa Rosa, no Peru, no dia 19 de novembro.

Romário Garcia se apresenta nas redes sociais como “nordestino bolsonariano”. No Instagram, ele se declara o “primeiro gay nordestino a tomar café da manhã com o presidente do Brasil” (Jair Bolsonaro).

Na última terça, 3, enquanto estava na Colômbia, Romário disse em suas redes sociais que queria retornar ao Brasil e se entregar à polícia, mas apagou as publicações em seguida, informa a apuração do Uol.

Essa rota de fuga se baseia na saída de um dos investigados do 8 de janeiro. Ele, que estava com tornozeleira, saiu do Brasil para o México com o pai em setembro. Depois, eles entraram ilegalmente nos Estados Unidos, pelo serviço de coiote que pagaram.

Para realizar o mesmo feito de chegar aos EUA, a partir da Colômbia, Romário precisará passar por uma região de floresta densa do Panamá. Isso o obrigaria a se arriscar de barco ou pegar um avião. Mas ao passar pelo controle migratório, deveria estar com o passaporte em dia.

As viagens feitas em embarcações clandestinas correm o risco de se depararem com o controle policial feito pela Colômbia nos oceanos Pacifico e Atlântico, à procura de traficantes de drogas e contrabandistas.

Em suas redes sociais, Romário Garcia Rodrigues pede dinheiro por meio de pix para permanecer em fuga. A defesa do cearense nega que ele tenha cometido crimes, diz que não tem mantido contato com ele e que só poderia comentar os processos jurídicos em andamento no STF.

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